quinta-feira, 30 de outubro de 2014

É melhor afastarem-se

Pois que hoje a tarde pensei e deparei-me com um cenário que me desagrada. Sou assustadiça, assusto-me com muita facilidade é o que dá estar no meu mundo e não dar pelas outras pessoas, além disso tenho medo do escuro (ah e tal isso é medo de criança! Eu não implico com os vossos medos pois não?) e para melhorar isto amanhã é halloween que apesar de não ter tradição em Portugal já é celebrado por algumas pessoas e esta celebração inclui partidas parvas e sustos. Então na minha cabeça surgiu a equação:

Aulas à noite (medo do escuro) + halloween (partidas parvas) + facilidade de susto = pânico+ nervos+ irritabilidade

Da última vez que o meu namorado me assustou (porque depois tem muita piada saber que uma pessoa se assusta com facilidade então bora lá assustar) levou com uma porta na cara. Eu não me responsabilizo se aleijar alguém que me assustou por isso se o fizerem é melhor fazerem a distância. 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

E se chumbar???

Pois que eu como pessoa que gosta de estar preparada para as eventualidades, perguntei ao orientador o que acontecia se chumbasse na tese. Se por um lado a resposta não me surpreendeu por outro sim. ele disse: "olha milka em 1º lugar uma pessoa que chumba na tese nunca mais quer ouvir falar disto, não quer voltar a por cá os pés ou falar com estas pessoas" esta parte não me surpreendeu, não consigo imaginar uma pessoa a chumbar na tese deve ser uma humilhação tremenda. O resto que ele disse foi "a tese tem duas opções ou aprovado ou reprovado, se a pessoa é reprovado pronto acabou não fez o mestrado e não pode voltar a fazer". Esta foi a parte que me surpreendeu, aliás surpreendeu-me tanto que até fui a procura da legislação e naquilo que encontrei não fala do que acontece quando o aluno é reprovado. Quando chumbamos a uma disciplina podemos ir a exame. a recurso ou repetir a mesma ora isto não é válido para a tese, só tem aquela oportunidade para a fazerem (olha a pressão!!!) e se chumbarem não podem voltar a inscrever-se. Fiquei foi com a dúvida se a pessoa ficava pelo menos com a pós-graduação . Para me descansar ele disse "se a tua tese não estivesse boa eu não aprovava que fosse entregue" ( os orientadores têm de dar o parecer como aprovam a entrega da tese para apresentação, claro que o aluno pode passar por cima disto mas sem o apoio do orientador deve ser muito difícil passar)


domingo, 26 de outubro de 2014

Um novo curso

Por estes dias comecei uma pós-graduação, presencial (alguns cursos que tenho feito são sobretudo e-learning o que diminui o contacto). Pensei que depois de todos os anos na escola me tirassem o nervosismo mas não. Obviamente que já é menor, aquela sensação na barriga só começou quando me comecei a arranjar para ir. Quando ia a caminho pensava "novas instalações, novos colegas, nova integração, nova adaptação, novos professores vou ter que passar por tudo mais uma vez". Quando estava a porta da sala o nervosismo já era maior e só pensava " mas porque que eu faço isto a mim mesma? porque que eu não me deixo estar quieta no meu canto? eu já devia saber." Os primeiros dias não foram fáceis foi uma avalanche de informação e a minha falta de experiência deixa-me claramente atrás da maioria dos meus colegas. Se desanimei? não. Se me assustei? sim. Se pensei em desistir? mais ou menos (fiquei sem perceber se gosto ou não daquilo). A verdade é que no caminho de volta para casa só pensava "vais ter que trabalhar o triplo, vais ter que trabalhar muito, por isso começa já!" 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Transição

Esta semana é uma semana de transição. Acabei um curso e vou começar outro com dezenas de outras coisas a acontecerem no meio o que resulta em estar hiper-mega cansada e sem tempo para aquela coisa fundamental da vida, acho que se chama ....respirar. Queixo-me do cansaço, da dezena de coisas que os pais me pedem para fazer e da outra dezena que eu sei que tenho que fazer mas sinto-me bem por ser útil. 

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Hoje foi para o caos de Lisboa, ainda por cima com greve do metro. Depois de me despachar fui para casa dos meus avós. E ainda hoje tendo eu já 25 anos a minha avó insiste em fazer me o lanche. Digo-vos que isto sim é um luxo, porque até uma simples sandes tem outro sabor quando é feito pela avó. 

domingo, 19 de outubro de 2014

Rídiculo-2

Infelizmente neste querido Portugal é difícil existir só uma coisa ridícula. Como disse aqui a minha mãe precisa de levar umas injecções e como não encontramos opções públicas recorremos ao privado. (Isto é para verem que as vezes nem o privado funciona bem) Mãe tinha consulta marcada, quando chega lá é informada que a enfermeira 1 (já vão perceber o porque dos números) tinha tido um problema no carro e não iria conseguir dirigir-se ao local. Enfermeira 1 para tentar resolver o problema da o contacto de enfermeira 2. Enfermeira 2 estava ocupadíssima e não ia poder o dia todo mas quer ajudar por isso dá o contacto de enfermeira 3. Enfermeira 3 não tem material, diz que vai comprar e que passa cá em casa. Enfermeira 3 não aparece e não atende o telemóvel durante 3/4 horas. Quando consigo falar com enfermeira 3 diz que não conseguiu arranjar o material (realmente deve ser not muito difícil arranjar uma seringa) e que quem tem que se responsabilizar é enfermeira 1(claro e ter dito isso há 3/4 horas atrás). Tento ligar para enfermeira 1 mas não atende, ligo para a clínica onde seria a consulta, a senhora fica escandalizada da situação ainda não estar resolvida e dá o contacto da enfermeira 4. Enfermeira 4 não atende. Durante este tempo a minha mãe pensou "vamos comprar uma seringa e dás-me tu a injecção", durante este tempo eu pensei "se calhar vou ligar para o veterinário a ver se ele consegue resolver o problema". Já nem eu nem a minha mãe estávamos com paciência, já estávamos nisto há 7h e a única solução que nos restava era ir ao SAP mais próximo pagar +/- 10 euros e estar sabe-se lá quantas horas a espera. Resultado a minha mãe não levou a injecção. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ajudar para quê?

Se a coisa boa que a minha mãe me ensinou foi a ajudar as pessoas. Eu ajudo as pessoas quando posso e como posso, vai desde as coisas mais simples como dar direções até a coisas mais difíceis como mudanças. Andando na rua, também ajudo pessoas, "olhe deixou cair isto", " pode passar a frente", já cheguei inclusive a atar um atacador a uma senhora velhota porque ela tinha dificuldades em baixar-se. Já aconteceu mais que uma vez ir com o S. e parar de repente para ajudar alguém. Há uns dias aconteceu-me e ele disse: "És tótó. Ajudas para quê? As pessoas nem te agradecem". Realmente sempre ajudei sem me perguntar porque o fazia, lá está ensinaram-me a fazê-lo e faço-o. Não o faço para que as pessoas me agradeçam, faço-o porque não me custa fazê-lo e faço também porque espero que se um dia precisar, ou os meus avós, alguém pense como eu e que ajude. Normalmente não ajudo com dinheiro, ajudo com o carregar dos sacos, ajudo com comer/roupa/material escolar, ajudo a procurar/mover/instalar, ajudo com o voluntariado, ajudo com direções mas dinheiro isso raramente dou. Acho que se cada um ajudar um bocadinho (tipo boa ação da semana) o mundo fica um bocadinho mais fácil. 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Agentes do destino


Não costumo falar de filmes aqui. Acho que depende muito das pessoas. E depois o meu conhecimento sobre cinema é muito baixo e por isso parece-me mal criticar coisas que desconheço. Mas tenho que comentar este filme "Agentes do destino". É um filme muito filosófico e eu eu gosto desta parte da filosofia. Fala sobre o livre arbítrio, sobre até que ponto controlamos o nosso destino, como pequenos pormenores podem causar grandes diferenças e claro um amor de duas pessoas que foram "feitas" uma para outra e que lutam contra um destino que lhes foi traçado. É um filme leve mas que nos faz pensar. Recomendo vivamente. Passou diretamente para o meu top 5.



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

As coisas que uma filha faz

Amanhã tenho que me levantar as 6h (até doí só de pensar), para me ir enfiar o dia todo no caos em Lisboa apenas e somente para ir entregar a tese do Pai. Ainda por cima diz que vai chover imenso. 

domingo, 12 de outubro de 2014

Saga da tese-21

Em principio, se as coisas correrem como previsto daqui a um mês estarei a apresentar a minha tese. Já descobri algumas falhas no meu trabalho, faz parte. Quando organizamos as coisas de uma outra forma temos uma perspectiva diferente e vemos coisas que não vimos antes. Tenho me esforçado imenso para descobrir todos os erros para estar preparada para as criticas. Além disso tenho pesadelos com a apresentação, talvez dia sim dia não. De certa forma ajudam-me a reparar erros, já cheguei a levantar-me depois de um pesadelo para confirmar que não estava assim na tese (e não estava) mas diga-se de passagem que é coisa que cansa ou melhor é coisa que não me deixa descansar. Falta um mês e eu tenho pesadelos dia sim, dia não estou nada ansiosa para saber como vai ser nos dias antes. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Porque é tão difícil subir??

Desde que me conheço que sempre pensei mal de mim ou melhor dos outros (que isto é tudo uma questão de perspectiva). Sempre me achei burra, feia, inútil basicamente que andava cá a fazer peso ao chão. No início fazia isto sem me aperceber do que era, era natural para mim, ninguém me disse que era errado pensar assim. Até que vieram pessoas dizer que não, que eu tinha valor, que era bonita, que não tinha que me comparar com ninguém, que sou uma pessoa nem mais nem menos que ninguém, tenho as minhas qualidades e os meus defeitos tal e qual como todos os outros. E nessa altura começou uma subida de auto-estima (vamos imaginar uma escada fina e velha mas muito muito comprida) e essa subida foi muito difícil mas mesmo muito difícil e foi feita aos poucos muito lentamente passando meses no mesmo degrau. Pois que volta e meia assim num piscar de olhos era ver-me cair por escadas abaixo. Tanto trabalho para subir e num estalar de dedos estava eu tão em baixo novamente. Às vezes passava dias a cair outras vezes era menos tempo, por alguma razão parava num degrau cá em baixo e deixava-me ali ficar o tempo que fosse preciso até arranjar forças para subir ou então deixava-me ficar só para não cair mais. Ficava ali sossegada, a curas as feridas, à espera que a dor passa-se. Depois passado de um tempo lá ia eu a medo subir mais um degrau. Hoje isto ainda acontece, volta meia sinto-me a cair só que agora já o reconheço e agora já tenho força para o parar antes de descer demasiado. Agora desço só um ou dois degraus e passo lá muito menos tempo porque tenho mais força para subir. Agora irrito-me por me deixar cair, porque muitas vezes sou eu que faço isso a mim mesma, sou eu que de repente começa a pensar "sou uma falhada, não faço nada de jeito". Agora irrito-me com esta facilidade com que posso cair quando sei tão bem o quão difícil foi cá chegar onde estou. Ainda há muito por onde subir, ainda há muito por fortalecer mas agora já sei que sou capaz...

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Rídiculo

A minha mãe por razões de saúde precisa de levar umas injeções. Coube-me a mim aviar a receita e descobrir onde e quando poderia levar as injeções. Depois de aviar a receita desloquei-me ao centro de saúde, do concelho, para saber quais eram os horários e se era necessário marcação, como a minha mãe sai de manhãzinha cedo e só chega à noite, a única altura disponível que ela tem é ao fim de semana. Por isso perguntei qual era o horário ao sábado. "Ao sábado estamos fechados" foi o que me responderam, e quando eu perguntei quais eram as alternativas disseram-me "ah tem que ir ao hospital (do distrito)". Ora então deixa ver se eu percebi bem, sou lenta já disse, uma pessoa precisa de cuidados de enfermagem ao sábado ou talvez ao domingo (blasfémia, precisar de cuidados ao domingo mas onde é que isso já se viu?) e tem de se deslocar mais de 30 km para ir a um hospital levar uma injeção (ou outra coisa qualquer que não penso só em mim). Porque não existe no concelho nenhum centro de enfermagem aberto e se for a outro concelho provavelmente é recusada porque não pertence a sua área. Quando perguntei a enfermeira onde podia reclamar, ela também não me soube responder. É que eu sei que a culpa não é dela, também sei que a culpa não é do centro de saúde, a culpa é lá mais acima. A culpa é daqueles que nem devem por os pés em serviços públicos, que andam de motorista e que lhes fazem o almoço e volta e meia juntam-se todos para mandar vir uns com os outros. Bem a minha mãe me dizia que eu devia ser politica para receber bem e não fazer nada. 

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Alguém sabe como desenviar um email? É que enviei um email por engano. Felizmente não é nada pessoal ou parvo mas é desagradável é que ainda por cima era para uma candidatura. Agora nem sei se devo enviar um mail como deve ser ou deixar me estar quieta?

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

E vai se a ver e já são 3

No outro dia em conversa com um amigo que já não falava à algum tempo dizia-lhe "estou em casa à pouco tempo ainda só passaram (pausa para pensar.... caraças já três meses...não pode ser)..passou pouco tempo". A verdade é que estou oficialmente desempregada à 3 meses, passaram tão rápido que nem dei por eles. Estive sempre tão ocupada que não me dei conta do tempo passar. Nestes 3 meses senti a sensação de férias para aí durante 2 semanas que não foram seguidas. Em 3 meses já enviei muito currículo mas não fui chamada para nenhuma entrevista e apesar das apresentações quinzenais o centro de emprego também não me chamou para nada. Ainda não me sinto "desesperada" por um trabalho mas confesso que me assusta não receber respostas das candidaturas que envio. Sei que encontrar trabalho pode demorar muito tempo, tenho muitos exemplos disso à minha volta e por isso vou-me mantendo ocupada. Ainda estou bastante esperançosa e sei que até ao fim de novembro vão acontecer algumas mudanças no currículo (fim do mestrado, fim de um curso) que me podem beneficiar na procura de emprego. Entretanto é manter o ânimo..