sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Nem sei

Juro-vos que não sei que voltas eu dei com a minha vida para receber um telefonema para ser oradora num seminário. Juro-vos que quando me ligaram pensei que fosse uma partida e disse para tentarem arranjar outra pessoa, não arranjaram por isso lá vou eu.



Adenda: Vi agora no programa que vai haver coffe break estou muito mais feliz. Chamem-me para comer de graça mais vezes

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A Perspectiva dos outros

No outro dia num jantar uma rapariga com algumas confusões amorosas dizia-me que admirava a minha relação com o S. Fiquei muito surpreendida, eu que estou nela (na relação) acho que tem muitas dificuldades. Ela dizia-me que somos muito parecidos (e eu a achar que somos tão diferentes) e que depois deste tempo todo ainda temos respeito um pelo outro (então não é assim nos outros casais?). Juro-vos que fiquei boquiaberta a pensar esta rapariga deve-se estar a confundir. Ela continuava, "discussões todos têm mas é impressionante como vocês se tratam tão bem e como confiam um no outro". Costumo ter 2/3 casais como referência e já fiquei bastante desiludida porque alguns deles acabaram. Foi aqui que percebi "quem vive no convento é que sabe o que lá vai dentro", na minha perspectiva (de fora) vi casais que me pareceram espectaculares e acabaram por não sê-lo. Da perspectiva de dentro o meu relacionamento não é um mar de rosas, é difícil, é preciso trabalho e dedicação. Da perspectiva dela o nosso relacionamento é invejável (fiquei mesmo a impressão que ela tinha pena de ainda não ter conseguido algo assim). Nunca me passou pela cabeça ser um casal referência para os outros. Mas depois percebi que não se pode comparar casais porque as pessoas são todas diferentes e um relacionamento que funciona para mim pode não funcionar para os outros. Por isso acho que vou deixar de comparar o meu relacionamento com os outros e não me esquecer que tenho muita sorte porque estou num relacionamento em que há respeito, confiança, carinho e amor. 

domingo, 23 de novembro de 2014

Direitos e deveres

Que direito temos nós de estragar uma relação? Que dever temos nós de dizer a verdade?

Vamos a exemplos. Imaginem um casal que conhecem minimamente e descobrem que ele/a anda a trair o parceiro. Vocês devem dizer a  verdade? Ou devem estar quietos não tem nada a ver connosco? Quem vos diz que o parceiro até sabe e anda a fazer o mesmo? Quem vos garante que o parceiro vai acreditar em vocês? Como sabem se o parceiro não vai dizer que vocês são uns mentirosos e só estamos a levantar boatos? E se o casal for muito amigo então é pior porque sabemos que eventualmente vão sofrer e como é que se gere o nosso papel de testemunha? Dizemos logo e tiramos o penso da maneira rápida ou tentamos falar com o "traidor" e chama-lo a razão? Acho que é uma gestão muito difícil, eu normalmente sou pela verdade mesmo que doa mas isso sou eu, os outros podem preferir viver iludidos. E sinceramente não acho que tenha o direito de estragar uma relação mas também acho que tenho o dever de dizer a verdade. 

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

5

Apanhamos 50 kilos de azeitona. Tivemos que pagar 5 euros para serem transformados em azeite. Os 50 kilos pagos a 5 euros resultaram em 5,5 litros de azeite.


ps. É pouco mas o homem ainda me disse que foi dos lotes que produziu mais. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Gostar ou não das mesmas coisas

A rosa cueca lançou um tema sobre o qual penso muito. Eu e o meu namorado temos gostos muito diferentes e digo-vos que é muito difícil fazer esta gestão. E não falo só de música ou filmes falo também na maneira de ver a vida. Muitas vezes penso se faz sentido estar com alguém que gosta de coisas tão diferentes daquelas que eu gosto. Não é fácil fazer a gestão da relação gostando de coisas diferentes. Até agora vivemos em casa separadas e por isso a coisa não se torna tão grave porque eu usufruo das coisas que gosto aqui e na casa dele ele usufrui do que gosta. Quando estamos juntos tentamos encontrar o meio termo e normalmente o meio termo é algo que os dois suportem ou seja não é algo que adoremos mas "ah e tal não me importo". Não sei se estar com uma pessoa com os mesmos gostos é aborrecido, ainda não me aconteceu mas pelo que oiço acho que é mais fácil a convivência. Óbvio que isto me assusta. Estar numa relação que estará possivelmente condenada ao fracasso é aflitivo. A verdade é que até agora temos consigo manter minimamente o equilíbrio e felizmente temos algumas coisas em comum que ajudam a melhorar a coisa. Quando falo com o meu namorado sobre isso ele diz-me para eu aproveitar o presente e não pensar no futuro que esse logo se vê e se até agora tem resultado porquê é que não pode continuar a dar? E eu, bem, não tenho argumentos que invalidem este pensamento. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

As músicas que nos transportam

E aquelas canções que ouvimos e nos fazem imediatamente pele de galinha! Nos lembram alguém ou alguma coisa. E aquelas que ouvimos com um nó na garganta porque nos dizem tanto e tanto. Lembro-me que houve uma altura que chorava feita Madalena arrependida a ouvir o "Regressa a mi" dos Il Divo . Agora tem sido mais esta, cada vez que a oiço não consigo ficar indiferente


domingo, 16 de novembro de 2014

Coisas que não me saem da cabeça

Andava eu no sétimo ou oitavo ano quando descobri que tinha piolhos, na verdade foi a minha prima que os descobriu porque lhe disse que tinha comichão na cabeça. A minha tia que trabalhava num infantário já estava mais do que habituada a piolhos e por isso disse ao meu pai o que ele deveria comprar. Estava eu sentada na banheira a fazer o tempo de espera que a caixa recomendava e ouvi as botas da minha mãe a subir os degraus. Nua, com frio sentada numa banheira com um champô que cheirava mal só queria que aquilo passa-se. Ouvi as botas cada vez mais próximo até que bateu a porta, engoli em seco. Mal o meu pai abriu a porta, a minha mãe (tão querida que ela não é) disse: "rapa-se lhe o cabelo". Encolhi-me, não tinha por onde ir. Entra pela casa de banho chateada, enojada por a sua querida filha ter piolhos (nem quero imaginar se fosse pé da atleta ou herpes). Faz-me várias perguntas que eu não sei a resposta do género como é que apanhas-te piolhos. No meio da confusão vem as minhas primas e a minha tia, mostram a minha mãe os piolhos mortos na prateleira da casa de banho e ela repete "vou te rapar o cabelo!" Começo a chorar, a minha tia explica a minha mãe que é normal as crianças apanharem piolhos e que basta fazer o tratamento e volta e meia verificar, não é necessário rapar o cabelo. As minhas primas dizem "oh tia não faças isso", o meu pai diz "agora vais rapar o cabelo a miúda?!" e eu ali sem nada que pudesse fazer com a minha mãe a puxar-me os cabelos. Não me rapou o cabelo mas eu fiquei com isso sempre na cabeça. 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Promessas

Apesar de não ser católica acredito em algo superior a nós e por isso volta e meia faço promessas. Sou um bocadinho paranóica especifica com as minhas promessas mas cumpro sempre o que prometo. No início do ano fiz promessas em relação a nota da tese aqui estão elas:

  • Se tiver 14 na tese não dou beijos aos animais durante 2 dias
  • Se tiver 15 na tese vou a igreja (sim, para mim é um sacrifício)
  • Se tiver 16 na tese não dou beijos aos animais durante 4 dias
  • Se tiver 17 na tese não dou beijos aos animais durante 6 dias
  • Se tiver 18 na tese vou a missa
  • Se tiver 19 na tese vou a Fátima (de carro)

Tive 17 por isso tenho que estar 6 dias consecutivos sem dar beijos aos animais (racionais, não incluídos). Hoje está a ser o segundo dia e digo-vos já que isto não é nada fácil. Para mim é um hábito passar por um dos meus animais e dar-lhe um beijo adoro especialmente quando eles tão a dormir e ir lá enche-los de beijos até eles ficarem bem acordados. Vocês têm noção do nível de fofice da barriga do meu gato? Eu dou-lhe um 9,5 de 1 a 10, Como é que se resiste a uma barriga boa, quentinha, fofinha num gato a fazer ronron? Volta e meia mordo os lábios só para não pensar nisso. Estou a tentar manter-me fora de casa a ver se o tempo passa depressa. 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Saga da tese-22

Pois que hoje foi o dia. Fiz hoje a minha apresentação e discussão da tese. Correu tudo muito bem, melhor a parte da discussão do que a apresentação que notava-se que estava mais nervosa. Correu de forma brilhante segundo o orientador (claro que ele é um pouco suspeito para falar). Mas, e existe sempre um mas, fiquei desiludida e para explicar isto, até para eu entender, tem que ser por pontos.

1. O coordenador de curso sempre foi uma pessoa muito acessível, simpático, bom professor, ajudava-nos quando tínhamos dificuldades. Nunca tive razões de queixa dele.

2. Já na semana passada o orientador tinha-me dito que não iria ter mais do que 17 porque os 18 e 19 estavam reservados para pessoas com artigos publicados (que ainda não é o meu caso). Esta "regra" foi estabelecida pelo coordenador de curso. (não concordei, o meu orientador também não concorda mas nada a fazer conformei-me com a coisa, também achei que não ia ter mais de 17)

2. Hoje fiz a minha apresentação, respondi a todas as questões do arguente sem grandes problemas. Quando o coordenador de curso que era o presidente do júri falou, fez-me reparos um pouco estranhos e que eu nem estava a entender muito bem. Por exemplo que no texto não se deve referir "Zé" et al mas "Zé" e os colaboradores. Eu que li mais de 80 artigos não me lembro de ter visto nenhum com "Zé" e os colaboradores.

3. Os comentários eram tão parvos que eu nem disse nada. Percebi que ele não tinha lido o trabalho, existiam lá erros efetivos para ele pegar e não coisas sem sentido. Não percebi o porquê de ele estar a pegar comigo, sempre o tive em imensa consideração.

4. Quando a coisa toda acabou e me deram a nota (17 :) Felicidade!!!), eu e orientador fomos para o gabinete dele e no caminho ele disse-me que a arguente, repito a ARGUENTE, tinha tido o 18 mas como o coordenador não permite teve que ser o 17.

5. O orientador disse me também que aqueles comentários parvos por parte do coordenador tinham sido uma tentativa infeliz de me tentar baixar a nota. Ou seja, pela discussão o coordenador percebeu que o arguente ia dar uma nota alta e por isso quando chegou a sua vez de falar tentou mandar o trabalho abaixo com comentários um pouco ridículos. Aqui fiquei um pouco desiludida com o coordenador, nunca pensei que fizesse isso a um aluno e nem era pela nota que eu já sabia que não podia ser 18 mas pelos comentários tristes que fez.

6. Fomos almoçar eu, orientador mais uns colegas e apercebi-me pela primeira vez em todo o mestrado que o meu orientador e o coordenador do curso não se dão. Juro-vos que fiquei super surpreendida, não fazia a mínima ideia, aliás a impressão que tinha das várias vezes que os vi juntos é que se davam bem.

7. Um pouco mais tarde (1h depois) fui beber café com uma colega e estávamos a falar e ela de repente diz "Levas-te por tabela!!". Realmente depois de uma apresentação, discussão e tanta novidade nova eu não estava a raciocinar. Ainda não tinha juntado as peças. Por mesquinhices de adultos, um coordenador fez uma figura triste (sim, porque ele é que disse coisas sem sentido) a tentar fazer-me parecer mal só porque tem quezílias com o meu orientador.

Agora eu pergunto, mas que raio tenho eu a ver com a parvoíce desta gente? Eu que nem sabia que eles se davam mal tenho que levar com estas atitudes de pessoas que supostamente devem ter um comportamento idóneo e imparcial?


ps. Parece, só para melhorar a coisa, que a semana passada andaram os dois aos gritos no departamento em frente a quem quisesse ver. 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

2 dias

Faltam dois dias para apresentação. Ontem ensaiei em frente aos meus pais, hoje já comecei a preparar a roupa. Ontem os meus amigos perguntavam-me se estava nervosa, disse-lhes que não tinha tido tempo para isso mas de certeza que a medida que o dia fosse chegando ia ficar mais nervosa. Hoje acabei de ler a tese pela milésima vez (não as contei mas já li muitas) , hoje treinei novamente a apresentação para o meu gato (que é um dos melhores espectadores possíveis). Hoje já sinto um aperto na barriga, já me custa a engolir. Como mulher prevenida que sou e como a apresentação é de manhã vou passar a noite num "hostel" perto da faculdade. Não acho que o meu futuro dependa disto mas sei que é um marco importante e tenho pena que o trabalho de um ano seja avaliado numa hora por pessoas que não acompanharam o meu esforço e não tem noção do trabalho que fiz. Por isso o que mais quero na apresentação é que aquelas pessoas percebam que apesar de ter erros tudo aquilo deu imenso trabalho e que gosto muito do trabalho que fiz.


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

É possível respirar por antecipação?? Tenho tanta coisa para fazer amanhã e queria respirar agora o que vou precisar. Não sendo possível resta-me ir dormir e tentar descansar o mais possível para ter genica para tudo

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ás vezes é preciso vir um dia mau só para nos dar a perceber que todos os outros tinham sido espetaculares. 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A pressão do Natal

Sinceramente não me recordo de existir assim uma pressão tão grande para o natal, pelo menos a 4/5 anos as coisas não eram assim ou eu não me lembro? Agora espera se que as pessoas comprem imensas coisas, decorem muito bem a sua casa e façam jantares grandiosos. E as pessoas que não celebram o natal? Bem essas coitadas devem estar já fartas desta pressão até eu que apesar de não ser católica celebro o natal (porque os meus avós são católicos e fui habituada a celebrar sem perceber o seu significado religioso, para mim significa família junta e bom comer) estou farta desta pressão natalícia. E as pessoas que não podem celebrar o natal? Não me lixem por muito que se possa ser original e fazer imensas coisas criativas com pouco dinheiro ainda não se inventa dinheiro e infelizmente existem muitas famílias que não tem possibilidades de celebrar o quer que seja. Felizmente não me posso queixar disso mas cá em casa só eu é que ligo ao natal e custa-me um pouco ver toda a algazarra em que as pessoas andam sabendo que por cá vai ser um dia praticamente normal. Ainda falta para o natal e o tempo já passa tão depressa que não precisa que as pessoas se adiantem as coisas, vivam o presente para chegarem bem ao natal. 

domingo, 2 de novembro de 2014

O fantasma do Passado

O passado é algo comum a todos, não dá para fugir dele. Existem pessoas com mais ou menos orgulho no seu passado, todos nós temos na nossa história coisas boas e menos boas, coisas que fizemos mal e outras que fizeram mal a nós. A verdade é que o passado "construí" a pessoa que somos no presente. As nossas experiências boas e más moldam a nossa maneira de viver e é com elas que vamos aprendendo para melhorar. No entanto existe algo que eu não compreendo, pessoas que se recusam a falar no seu passado (claro que estou a falar de pessoas com nível de intimidade elevado), consigo compreender que existam coisas menos boas e que magoem a ser faladas e que custe muito dizer mas daí a se recusarem a falar para mim é estranho. Parece-me uma de duas opções: ou a pessoa não confia em nós o suficiente ou o tal passado ainda não está resolvido. Nenhuma delas me parece boa. E será o passado assim tão importante? Bem depende, há coisas que são muito importantes e outras menos. Não tenho que saber tudo sobre uma pessoa mas quando por acaso em conversa se fala em algo menos importante do passado e a pessoa se recusa a responder é porque afinal não é assim tão menos importante. Certo???