terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Blogosfera ...tenho um problema

Quando tinha as aulas da pós graduação andava cheia de trabalho, exausta e sem tempo para respirar mas nos dias antes de terminar as aulas houve ali um certo pânico de "aí que agora vou ter mais tempo livre!!"e tinha me concentrar em pensar "precisas de descansar e além disso tens o estágio para fazer". Ficar com mais tempo assustou-me durante uns dias e no fim de semana que fiquei sem aulas arranjei umas trezentas coisas para fazer só para sentir útil.

(Quem gosta destas coisas, por norma é a minha mãe é que nestas alturas dá-me sempre para fazer arrumações).

Agora acabou o estágio, fiz hoje a apresentação. Há dois dias atrás comecei a fazer uma lista de coisas para fazer nos tempos livres e já comecei a procurar outros cursos. Cheguei a casa à pouco mais de uma hora depois de um dia cheio, estou cansada e cheia de dores (foi dia de ginástica) e mesmo assim sinto um certo pânico, Só assim naquela já arrumei uma gaveta e estou aqui a olhar para a estante que arrumei na semana passada a pensar que se calhar podia arruma-la novamente. Por favor ajudem-me acho que sou workaholic...ou então se quiserem que vá arrumar alguma coisa nas vossas casas digam-me é uma cena que eu gosto bastante.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Era uma vez uma criança cheia de vergonha, tímida e com problemas de consciência. Uma miúda que só queria que gostassem dela, só queria atenção e por isso portava-se bem, comia a sopa sem refilar, fazia os trabalhos da escola e esforçava-se para ser perfeita. Esforçou-se tanto para ser perfeita que quando percebeu que era mais difícil do que pensava, começou a pensar mal de si. A bola de neve foi crescendo e a miúda passou ser uma adolescente cheia de vergonha, tímida, com problemas de consciência e uma auto-estima abaixo de zero. Mesmo assim a busca da perfeição continuava, nunca experimentou fumar, nem quebrava os horários impostos pelos pais, estudava até mais não para ser a melhor mas nunca era. O tempo passa mais rápido que uma bala e a adolescente transforma-se numa pré-adulta cheia de vergonha, tímida, com problemas de consciência, uma auto-estima abaixo de zero e frustrada por não ter feito as asneiras que devia ter feito. E agora? E agora senhores, diz que é tarde para fazer as parvoíces que devia ter feito

domingo, 6 de dezembro de 2015

Eu não estou maluca?

Os recentes eventos transformaram a minha vida. A minha mãe tal foi o estado de ansiedade e stress que anda a tomar comprimidos. Eu acho que está toda a gente maluca mas depois meto-me a pensar à sério na coisa. Como é que uma pessoa sabe que não está "maluca"? O que é uma pessoa "maluca"? Juro-vos que já duvido da minha sanidade mental, se eu acho que todos estão malucos e eles acham que estão bem, se calhar eu é que estou mal. Pelo que sei existem diversos graus de maluquice, o que separa a sanidade do grau mais baixo de maluquice? Um maluco reconhece outro maluco?

Sei que isto parece brincadeira mas não é. Estou a falar muito a sério, preocupa-me saber se estou bem. Precisava de estar sossegada sozinha para descansar mas não consigo fazê-lo sem me sentir culpada. Quando é que se deve pedir ajuda? Que ajuda? Alguém que não está por dentro, que não sabe da missa a metade pode validar a maluquice ou não maluquice de quem sabe os pormenores e os recantos da história?