quarta-feira, 30 de março de 2016

Conhecer os vizinhos

Até onde sei (que é muito pouco) em Portugal não há tradição de nos apresentarmos aos vizinhos. Não existe aquela coisa de irmos para uma casa nova e levar uma tarte aos vizinhos para nos apresentarmos como me farto de ver nos filmes americanos. Quando me mudei para o fim do mundo os meus pais conheceram alguns vizinhos mais próximos por questões básicas como o fio do telefone ou abastecimento de gás, eu tentei conhecer miúdos da minha idade mas os miúdos do fim do mundo estavam mais interessados em gozar comigo do que em conhecer-me. Até hoje não tenho nenhum contacto regular com pessoas do fim do mundo. Quando me mudei não pensei nos vizinhos, apesar de ir para um andar, não pensei muito nessa questão. Mudei-me à pouco tempo e ainda não conheci nenhum vizinho, já vi um ou dois mas disse apenas bom dia, não me apresentei nem referi que era a nova ocupante. Agora que os oiço entrar e sair, gostava de os conhecer. Gostava de ter uma boa relação com os meus vizinhos mas não sei bem como fazê-lo. Sugestões???

domingo, 27 de março de 2016

Acumulação

O meu avô é um acumulador. As coisas são o que são e quando se tem um problema a que lidar com ele. Lembro-me de haver jornais por toda a casa, a "dica da semana" em pilhas debaixo da mesa, dos pacotes de leite com água para regar as plantas, das gavetas cheias de publicidade antiga e lápis sem carvão, de o ver a carregar coisas para perto dele e nunca para longe, dos bidons no quintal cheios de água, etc..... Em casa o problema via-se mas o pior era no quintal, o sítio dele. Pouco tempo depois de ficar doente e com a minha mãe a tentar organizar as coisas, começamos a limpar. Em casa a minha avó tirou algumas coisas e digo-vos que foi uma diferença enorme, mesmo assim uma mulher submissa que sempre viveu assim não mexe em metade das coisas, além disso habitou-se ao problema e mesmo ela é reticente em deitar coisas fora. O quintal, bem, o quintal está um verdadeiro pesadelo. Não temos condições para pagar a alguém para o fazer, trabalhamos e somos poucos por isso volta e meia vamos lá e tentamos limpar um pouco. Tentamos porque tira-se um balde e aparecem 3, tira-se uma tábua e aparecem 100. Além de se ser imenso lixo são coisas muito variadas, desde metal a adubos e restos de construção. Já contactamos a junta e a câmara mas não ajudam. A nossa sorte tem sido que tiramos as coisas para o quintal (estavam em barracas) e as pessoas vão levando. Telefonámos a imensa gente e cada um leva o que quer, chega para todos. Durante este processo que tem sido moroso, fomos dizendo ao meu avô o que estávamos a fazer, ele não se opôs mas volta e meia diz "não deitem fora a pá", " não deitem fora as telhas" e assim em diante...Sabemos que não é com 83 anos que ele vai começar a resolver este problema e por isso provavelmente se for capaz voltará a fazer o mesmo, acho até que se chegar a ver o que fizermos ficará chateado mas tem se ser e muito ainda temos para tirar afinal ele anda a acumular há mais de 40 anos. 

quinta-feira, 24 de março de 2016

Novo ponto de encontro

Sei que sou uma despassarada e me passa tudo ao lado mas quando é que as farmácias passaram a ser o centro de convívio dos velhinhos?

domingo, 20 de março de 2016

Sair de casa...#7

Não tem sido tão fácil nem tão difícil como imaginei. Se por um lado gostava de ter mais tempo para escolher as coisas e fazer a mudança com calma por outro quero usufruir do que paguei e preciso de coisas rápido. Também como não sei se vou gostar de estar nesta casa ou de viver sozinha e por isso acho que estar a gastar muito dinheiro numa mobília é precipitado. Oficialmente já estou na casa nova, já cá dormi 2 noites mas nem uma sopa consigo fazer porque não tenho facas de cortar. Aos poucos vou me apercebendo do que falta e compro o mais essencial. Digo-vos muito sinceramente que com tanto enxoval, tanta coisa que a minha mãe tem em casa e com tanta coisa que me ofereceram não estava a espera de ainda ter de comprar imensas coisas. Ainda não sinto que me mudei, parece que estou só noutra casa durante um tempo, sei que o mais difícil é estar sem os meus animais e por isso é que tem de ser com calma.

terça-feira, 8 de março de 2016

Lembrete para o futuro

Quando pensares novamente em mudar de casa senta-te dois minutos a pensar que vais ter de acartar TUDO sozinha.....

sexta-feira, 4 de março de 2016

Resolução crítica

Uma das coisas que decidi para este ano foi deixar de comer carne. Cá em casa o consumo de carne sempre foi reduzido e o ano passado já andava a reduzir mais. Oficialmente não como carne desde o carnaval, não é muito tempo pois que não é mas digo-vos que é coisa muito difícil. É difícil porque vamos a uma festa ou jantar de anos é só grelhadas mista, bifanas, couratos, pão com chouriço....tudo coisas que não como. Atenção eu não sinto falta de comer carne, a questão é que muitas vezes não tenho opção. Recentemente tivemos um evento com almoço que era sopa e bifana, eu só comi sopa e depois enchi-me de miniaturas para "almoçar". Ainda mais dificil é as pessoas, eu não ligo ao que os outros comem, gostava de saber o que tanta gente tem a ver com aquilo que eu não como. Digo-vos é raro o dia que alguém não me diz "hã..não comes carne" ou então "é só hoje". Uma das minhas colegas diz que eu a faço sentir mal porque ela come carne, opa comam o que quiserem felizmente estamos num país livre deixem-me não querer comer carne..