domingo, 31 de outubro de 2021

Mudar de Casa #T3 Ep 1

 Com o avançar da relação com o meu namorado e as coisas a correrem bem, percebemos que devíamos morar juntos e hoje em dia já passo mais tempo na casa dele do que na minha. Decidimos fazer a coisa lentamente e neste momento eu ainda mantenho a minha casa (porque tenho medo que as coisas não corram bem; porque estou farta de mudar de casa; porque estou mais farta ainda de mudar de morada; porque tenho medo de ter chatices com a casa a alugar, etc...)

Nos primeiros 3 meses deste ano tirei 6 móveis de minha casa. Cada vez que vou a casa há sempre algo que saí (para a casa dos meus pais, para vir para a casa do namorado ou para a arrecadação). Neste momento a minha casa, não parece muito uma casa, tem pouquíssimas coisas. Por norma não fico lá mais de uma semana e consigo viver lá durante esse tempo mas já com alguma criatividade. No meio disto também se mete o minimalismo, não quero trazer coisas para a casa do meu namorado só porque sim, vou trazendo à medida que faz falta. A minha arrecadação (que vou manter) é uma espécie de armazém de stock. 

Não queria deixar muita coisa para alugar a casa, sei que provavelmente vão desaparecer e há umas quantas coisas que tenho mesmo pena de deixar mas não tenho onde por (tipo a cama). Já comecei a pesquisar a burocracia do aluguer mas ainda não estipulamos uma data para por a casa a alugar. Já sei que em principio será rápido e por isso não vale a pena por já se ainda não estamos preparados. Ainda não disse aos meus pais, embora eles já tenham percebido visto que volta e meia vão a minha casa ver se está tudo bem e já se aperceberam da mobília a desaparecer.

Ainda falo na casa do meu namorado (se ainda não tinham reparado), não falo na nossa casa. Apesar de sentir cada vez mais que é também minha...ainda não é. Não foi propriamente uma decisão ser eu a mudar-me, apesar da minha casa ser mais perto dos nossos trabalhos, a casa dele sempre foi melhor e num sitio que me agrada mais. A casa dele fica a 45 minutos dos pais...à mesma distância que estava no mundo antigo ( o que gera algum descontentamento à minha mãe; agora que estava mais perto dela vou outra vez para longe) e fica a 1h do trabalho mas também desde da pandemia que vou lá tão esporadicamente que não faz diferença. A casa dele fica noutro distrito, o meu 3º distrito. 

Se não fosse a alteração de morada acho que a coisa já se tinha dado mas é realmente algo que me mexe no sistema porque dá imenso trabalho ter que mudar as moradas em todos os documentos e depois no banco, no centro de saúde, no seguro e em todas as porras que me mandam mails mas que precisam da minha morada não sei bem para quê. 

Prefiro de mudanças assim, lentas e progressivas....seguras. Em que vou vendo o que me faz falta e coloco na arrecadação o que não quero deitar fora mas neste momento não preciso. Em que tenho tempo para me despedir das coisas. Em que quando já noto que estamos cansados um do outro, vou uns dias para minha casa...espairecer. Em que existem várias opções e tempo para pensar nelas.

domingo, 17 de janeiro de 2021

2020- O ano de deixar

 O ano de 2020 foi um ano muito diferente para todos e trouxe uma nova realidade para o mundo. Todos nós de uma maneira ou de outra tivemos de fazer alterações na nossa vida. Para mim foi o ano de deixar. 

Deixei a ginástica

Deixei a música

Deixei a minha primeira casa de solteira onde já vivia há 4 anos

Deixei o Distrito que vivi nos últimos 16 anos e onde estão os meus melhores amigos

Deixei de conduzir 2horas por dia 

Deixei de estar sem namorado

Deixei de usar gás natural em casa

Deixei de preparar marmitas

Deixei de preparar a roupa para o dia a seguir

Deixei de pensar tão mal de mim

Deixei de me chatear com tanta facilidade ( e eu sempre fui conhecida por ter um grande nível de paciência)

Nem todo o que deixei foi mau e algumas coisas tenciono voltar e outras poderão voltar. Ter deixado tanta coisa deu-me mais tempo para descansar e para me focar naquilo que quero para mim.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Coisas do mundo novo #3

 O lixo

Epa, sério. Não há um santo dia que eu olhe para seja onde for e esteja lixo. Sim vivem muito mais pessoas, é normal existir mais lixo mas não assim. Eu sei que venho mal habituada e tal mas as pessoas não deviam usar a rua como depósito. É uma questão de respeito, não só pelo ambiente mas pelos outros. A rua onde moro é sem saída, existem uns 5 contentores mais ecoponto à entrada da rua e mais uns 3 contentores mais ecoponto na ponta da rua e posso garantir-vos que estão sempre cheios. Não há um dia que não olhe pela janela e não veja lixo fora do lixo porque os contentores já estão cheios. Não me parece ser falta de contentores nem pouco o serviço da câmara. Parece-me sim que o pessoal não quer saber do que produz, que não tem cuidado em reduzir. Fomos inundados com a reciclagem e esqueceram-se da redução. Eu já voltei para casa com lixo porque os contentores estavam cheios mas sei que é muito raro alguém fazer o mesmo. Não se esqueçam que podem mandar o lixo para a rua mas a Rua é a única casa que têem.