terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Blogosfera ...tenho um problema

Quando tinha as aulas da pós graduação andava cheia de trabalho, exausta e sem tempo para respirar mas nos dias antes de terminar as aulas houve ali um certo pânico de "aí que agora vou ter mais tempo livre!!"e tinha me concentrar em pensar "precisas de descansar e além disso tens o estágio para fazer". Ficar com mais tempo assustou-me durante uns dias e no fim de semana que fiquei sem aulas arranjei umas trezentas coisas para fazer só para sentir útil.

(Quem gosta destas coisas, por norma é a minha mãe é que nestas alturas dá-me sempre para fazer arrumações).

Agora acabou o estágio, fiz hoje a apresentação. Há dois dias atrás comecei a fazer uma lista de coisas para fazer nos tempos livres e já comecei a procurar outros cursos. Cheguei a casa à pouco mais de uma hora depois de um dia cheio, estou cansada e cheia de dores (foi dia de ginástica) e mesmo assim sinto um certo pânico, Só assim naquela já arrumei uma gaveta e estou aqui a olhar para a estante que arrumei na semana passada a pensar que se calhar podia arruma-la novamente. Por favor ajudem-me acho que sou workaholic...ou então se quiserem que vá arrumar alguma coisa nas vossas casas digam-me é uma cena que eu gosto bastante.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Era uma vez uma criança cheia de vergonha, tímida e com problemas de consciência. Uma miúda que só queria que gostassem dela, só queria atenção e por isso portava-se bem, comia a sopa sem refilar, fazia os trabalhos da escola e esforçava-se para ser perfeita. Esforçou-se tanto para ser perfeita que quando percebeu que era mais difícil do que pensava, começou a pensar mal de si. A bola de neve foi crescendo e a miúda passou ser uma adolescente cheia de vergonha, tímida, com problemas de consciência e uma auto-estima abaixo de zero. Mesmo assim a busca da perfeição continuava, nunca experimentou fumar, nem quebrava os horários impostos pelos pais, estudava até mais não para ser a melhor mas nunca era. O tempo passa mais rápido que uma bala e a adolescente transforma-se numa pré-adulta cheia de vergonha, tímida, com problemas de consciência, uma auto-estima abaixo de zero e frustrada por não ter feito as asneiras que devia ter feito. E agora? E agora senhores, diz que é tarde para fazer as parvoíces que devia ter feito

domingo, 6 de dezembro de 2015

Eu não estou maluca?

Os recentes eventos transformaram a minha vida. A minha mãe tal foi o estado de ansiedade e stress que anda a tomar comprimidos. Eu acho que está toda a gente maluca mas depois meto-me a pensar à sério na coisa. Como é que uma pessoa sabe que não está "maluca"? O que é uma pessoa "maluca"? Juro-vos que já duvido da minha sanidade mental, se eu acho que todos estão malucos e eles acham que estão bem, se calhar eu é que estou mal. Pelo que sei existem diversos graus de maluquice, o que separa a sanidade do grau mais baixo de maluquice? Um maluco reconhece outro maluco?

Sei que isto parece brincadeira mas não é. Estou a falar muito a sério, preocupa-me saber se estou bem. Precisava de estar sossegada sozinha para descansar mas não consigo fazê-lo sem me sentir culpada. Quando é que se deve pedir ajuda? Que ajuda? Alguém que não está por dentro, que não sabe da missa a metade pode validar a maluquice ou não maluquice de quem sabe os pormenores e os recantos da história?

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Só tenho vagas quando falecerem

O meu avó já teve alta mas ainda está no hospital à espera de vaga num centro de recuperação. No centro de recuperação vai estar no máximo um mês e por isso mesmo não sabendo como ele vai estar nessa altura começamos a procura de opções. Só temos duas: ou vem para nossa casa com apoio domiciliário ou vai para um lar e por isso comecei a pesquisar lares aqui na zona. Sabia lá eu que a coisa era tão difícil, pois que quase parece os colégios existem listas de espera enormes. E aqui as vagas só depende de apenas uma coisa, as pessoas que lá estão morrerem. Digo-vos já que isto deve ser das coisas mais mórbidas que existe, não tenho interesse nenhum que morra alguém para que o meu avó possa estar num lar. O pessoal dos lares também não vêm com falsos moralismos diz mesmo "só tenho vagas quando eles falecerem". É uma realidade assustadora

domingo, 15 de novembro de 2015

Nenhum filme alcança

Estas coisas dos hospitais são felizmente uma novidade para mim. Faz hoje cinco semanas que o meu avó foi internado, em 5 semanas fui mais vezes ao hospital que na minha vida anterior toda. Existe um novo mundo de coisas, boas e más, que eu tive de absorver e vou ter de continuar porque ainda não sei como será amanhã. Cinco semanas depois o meu avó continua internado, está melhor mas ainda não tem condições para vir para casa. E se no início a minha mãe queria tira-lo de lá por ser um mau hospital agora temos-nos esforçado para que fique lá, é que lá pelo menos tem assistência 24 horas por dia. Nestas 5 semanas vi e ouvi coisas que me fizeram duvidar da sanidade dos outros e até mesmo da minha. Vi e ouvi coisas de desconhecidos que me surpreenderam pela positiva (houve uma visita de outra pessoa que deu almoço ao meu avô porque a auxiliar não insistiu para ele comer), vi e ouvi coisas vindas de familiares que não me entram na cabeça, que parecem piadas de mau gosto e situações irreais (os meus tios levaram dobrada com feijão para o meu avô, uma pessoa que teve um avc). Ontem pensava que em nenhuma novela, em nenhum filme eu vi tanta coisa junta. As novelas que tentam cada vez mais simular a vida real não chegam perto daquilo que vi e ouvi nas últimas 5 semanas. 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Doidice Aguda

O avc do meu avó levou que a minha mãe ficasse em estado de extrema ansiedade e por isso mais louca que o normal. A minha avó que sempre a conheci mais calada do que a falar começo a perceber agora que aquela cabeça também não está nada bem, é verdade que ela não ouve metade do que a gente diz mas que a mulher ache normal o homem estar a morrer em casa e não dizer a ninguém isso passa um pouco o limite da sanidade (porque o meu avô teve o avc a uma sexta e só no domingo é que um vizinho se apercebeu). O meu avô é o que tem mais desculpas para estar doido e está, apesar de falar fluentemente e não ter ficado com a fala apanhada não diz muitas coisas com sentido. A minha tia que "fingiu" estar doente porque o avc do meu avó tirou-lhe as atenções do meu tio e eu que se não era doida, de certeza que agora vou ficar. Como eu acho que já era e utilizando a parte racional que ainda me resta penso que a coisa agora piora. Conclusão está tudo doido e só tende a piorar. 

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Estou em Lisboa

Estou em Lisboa. Voltei para Lisboa, supostamente é uma coisa temporária mas sabe-se lá o que o tempo me reserva. Ainda no domingo estava eu descansada da vida quando me ligam a dizer que o meu avô (materno) teve um AVC. E hoje estou em lisboa em casa da minha avó para ela não ficar sozinha. Estou a tentar abstrair-me do som altissimo da televisão (a avó é surda), estou a tentar relativizar que não tenho as minhas coisas nem os meus animais, estou a minimizar o facto de não ter internet (escrito no word e só depois colocado aqui). Estou por baixo do antigo quarto dos meus pais, da minha antiga casa. Estou sentada na cama a tentar escrever o meu trabalho final da pós graduação e oiço por cima de mim uma bébé a chorar (desejo que não chore durante à noite), oiço passos desenfreados, oiço as motas na rua, oiço as minhas dores e penso no meu avô sozinho no hospital sabe-se lá como. O coração aperta um bocadinho e engolo em seco mesmo com a garganta inflamada e cheia de dores.
Estou em Lisboa sei lá por quanto tempo, deixei a minha relação em pausa, deixei a ginástica que tinha começado à pouco tempo, deixei a minha rotina, deixei o passado lá. É que as coisas mudaram, ainda não sei como mas mudaram e dificilmente vão voltar a ser iguais.



Escrito dia 13/10/2015 as 21h48

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Uma carta de 24 de Agosto de 2014

Depois de ter cumprido a façanha uma vez cá vai o que escrevi o ano passado e recebi ontem

Vamos por partes. estás viva? (Ao que parece sim) tens uma saúde razoável? (felizmente, não me posso queixar muito) Tens trabalho? (felizmente sim) Tens namorado? (o mesmo) Vives fora de casa dos pais? (não :(  tens mais que 5 amigos com que falas regularmente? (se os colegas de trabalho contarem sim) fazes exercicio? (voltei recentemente a fazer) fazes voluntariado? (infelizmente com a falta de tempo não tenho feito) tens auto-estima suficiente? (não sei bem o que será suficiente mas não me sinto muito mal) Se respondes-te que sim a mais de 6 (4 sim, 3 mais ou menos e 2 não) é razoável se não dá um estalo a ti própria e chora (não tenho vontade nem me parece que esteja assim tão mau) e esforça-te mais. Não te esqueças se ser feliz e continuar a trabalhar muito para o que queres. Nunca te esqueças de quem esteve ao teu lado. Já tens 26 anos está na altura de deixar de ser tão boazinha assim não vais longe.
Escreve outra, isto é fixe (Já vai a caminho)

domingo, 16 de agosto de 2015

Uma nova fase

Andava enterrada em coisas, mal me conseguia mexer. Não tinha tempo para me coçar quanto mais para vir ao blog. Andava mais do que esgotada. O terminar das aulas facilitou bastante as coisas, ainda só passou duas semanas mas tenho conseguido descansar mais e já tenho tempo para me coçar e até de vir ao blog. A questão é não me tem apetecido vir muito aqui, de certa forma já perdi o fio a meada e apesar de agora ter mais tempo não tenho tido muita necessidade de escrever.

Não me parece de todo que isto seja uma despedida mas certamente não estarei por cá tantas vezes como antes por isso..................até já

domingo, 9 de agosto de 2015

Ao que parece Portugal inteiro está de férias......excepto eu

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Finalmente

Amanhã acabam as aulas. Ainda bem porque eu já não estou a conseguir mais....


domingo, 19 de julho de 2015

Não negues a partida uma ciência que desconheces

Ontem fui ao cinema e existia uma novidade, pipocas com topping de m&m's somente duas das minhas coisas preferidas por isso pedi. Sobrou que uma pessoa tem mais olhos que barriga mas não se estraga, por isso hoje decidi juntar-lhe gelado de brownie.


ps. Amanhã é dia de nutricionista

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Dormir pode não ser um descanso

Diz a minha mãe que em pequena não dormia. Que ela e o meu pai tinham de ir comigo de carro passear-me para eu dormir mas mal o carro parava estava eu desperta da vida. Desde que conduzo que me apercebo que adormeço com alguma facilidade ao volante. Já falei com alguns médicos e a única coisa que me dizem é que tenho de dormir mais à noite e parar quando sentir sono. Não é capricho meu querer dormir 8/9h é uma necessidade fisiológica minha. Tenho imensa inveja daquelas pessoas que dormem 3/4h e no outro dia estão funcionais ou pessoal que faz diretas, eu nunca consegui fazer nenhuma. Desde que trabalho em Lisboa levo o carro de manhã e o tempo para dormir escasseou. Digo-vos com toda a sinceridade que se ainda não tive um acidente foi por milagre ou muita sorte, já adormeci tanta mas tanta vez. São microsegundos que fecho os olhos e depois acordo quando a cabeça "cai" mas estes microsegundos acontecem imensas vezes durante uma viagem. No pára- arranca do trânsito são estes microsegundos que podem fazer diferença. Como tenho dormido sempre o mesmo (menos do que preciso), o cansaço acumula-se e esta semana estava impossível eu mesmo com a janela aberta continuava a adormecer. Por isso resolvi "perder" uma hora de trabalho e dormir mais uma horinha. No dia a seguir não adormeci uma única vez nas viagens que fiz, sentia-me mais descansada, menos irritada e por isso mais produtiva. Por isso acho que não perdi uma hora ao dormir eu ganhei foi um dia normal e sem por em risco a minha vida e a dos outros. 

sábado, 4 de julho de 2015

Quanto custa ir a um casamento??

Pois que sendo o meu primeiro casamento em adulta só agora começo a perceber quanto custa ir a um casamento. Vamos às contas:

Arranjar e limpar sapatos-4,50 €
Ganhos para o cabelo-4,99€
Brincos-5.99€
mala/pochete ou raios parta como aquilo se chama-16.99€
prenda-50€(pois sei que é pouco mas a vida está difícil)
cabeleireiro( unhas simples, buço e sobrancelhas)-12€
combustível-20€
portagens-13,15 €
fotos-4€

Total: 131,62 €


Acho que até nem gastei muito visto que não comprei vestido ou sapatos e os acessórios que comprei podem perfeitamente ser utilizados em outras ocasiões mas mesmo assim não tinha ideia que ir a um casamento ficasse tão dispendioso e dei uma prenda pequena. O que importa é que correu tudo bem, passou se um bom dia, comi que nem uma baleia mas espero que não tenha outro tão cedo. 

quinta-feira, 2 de julho de 2015

E hoje que até ia dormir cedo

O meu avô (paterno) é um atado (na verdade os dois avôs são atados). A minha avó foi operada então o homem que mal sabe tomar conta dele, tomar conta dele e dela é assim um desafio em peso. Têem um cão que por norma é a minha avó que cuida mais dele o meu avô só passeia. Antes de ela ir para o hospital dissemos para o cão vir para cá mas não que o avô ficava sozinho em casa e isso é que não podia ser. Quiseram-se armar em espertos e acharam que iam dar conta do recado. Hoje a minha avó teve alta e assim nas pressas tivemos de ir buscar o cão (porte médio) e traze-lo num smart já lá com duas pessoas (eu e a minha mãe). A coisa até nem correu mal agora ele e o meu cão é uma festa pegada. Desde que chegamos que é um chinfrim que não se aguenta por isso pergunto eu quem é que hoje dorme nesta casa??

domingo, 28 de junho de 2015

Isto de realizar sonhos pode ser uma grande treta

Tinha o sonho (desejo, fetiche, vontade o que lhe queiram chamar) de me "perder" num campo de milho (coisa parva eu sei mas cada um com a sua pancada). Esta semana que passou "perdi-me" num campo de milho. Foi uma treta, as folhas do milho cortam sabiam? Eu não. Além disso as folhas do milho têm uma espécie de penugem que faz uma comichão do caraças, para não falar do efeito de estufa que aquilo tem lá dentro. E o micro espaço que aquilo tem para uma pessoa se mexer mas sim é possível uma pessoa perder-se lá dentro e quando lá estava tudo o que menos queria era perder-me. 

domingo, 21 de junho de 2015

Tão perto mas tão longe

A loucura dos dias tem sido enorme. Os dias passam por mim e só sinto o cansaço por eles acumulado. Não tenho tempo de pensar, sigo o plano exato dos dias porque a margem de manobra é muito pequena. Tenho milhões de assuntos para organizar mas sem cabeça para os aguentar. E depois, e depois vejo que apesar de estar nos sítios estou tão longe deles. Só hoje é que me apercebi que o Igor não gosta de tomar banho. E ele está cá já há 1ano e meio.


Sei lá eu o que me está a escapar mais mas de certeza muitas coisas, 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Habitua-se uma pessoa mal...

No trabalho temos dois monitores, o do pc e depois um maior que ligamos em conjunto e trabalhamos sempre com os dois. Dá um jeitaço do caraças, é espetacular. É tão bom que eu agora em casa tenho dificuldade em trabalhar só com um. Estou a pensar ligar a tv do quarto ( já que não vejo) ao pc e poder trabalhar em dois ecrãs. 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Estou na minha bolha

Já referi que vivi muito numa bolha. Com o passar dos anos, com a escola, trabalho e ter que trabalhar em equipa força-me a sair da minha bolha e nem tem corrido mal. Recentemente assisti a uma discussão horrível, não foi pessoas da minha família mas pessoas conhecidas. Eu odeio discussões, fazem-me sentir mal fisicamente mesmo que seja só a assistir quanto mais ser comigo. Naquele momento eu não podia sair do local e ver aquelas pessoas a gritarem uma com a outra estava a baralhar-me muito com o sistema. Já não é a primeira vez que me deparo com situações desconfortáveis e a maneira de me acalmar e tentar abstrair-me da situação que não é comigo é em pensamento começar a cantar "sou uma bolha, sou uma bolha, sou uma bolha, adoro a minha bolha" (um bocado como a Doris do Nemo). Sim eu sei que isto parece patético mas é o que me ajuda, pensar que estou sozinha e que não estou a ver nem a ouvir nada. 


ps. Discutir em público é feio e é uma falta de respeito para com as outras pessoas. Querem discutir metam-se num sitio sem assistência.

sábado, 6 de junho de 2015

Crónica de uma morte anunciada

Sempre soube que somos diferentes, sempre to disse. Tu escolhes-te não me ouvir. Sempre soube que temos maneiras diferentes de ver e viver a vida, também te disse. Sempre achei que um dia íamos chegar a um impasse difícil de resolver, disseste para aproveitar enquanto era feliz e não pensar no futuro e assim o fiz. Aceitei a condição de que somos diferentes, aceitei-te como és e não te quero mudar porque gosto de ti assim. Aceitei que um dia, num impasse, não nos iríamos entender mas decidi ser feliz ao teu lado até esse dia chegar. A verdade é que esse impasse mostra sinais de crescimento e tu agora preocupas-te com ele, porque percebes as implicações que tem. A verdade é que não aceitas as coisas como elas são e de repente sou eu a má da fita por algo que passei este tempo todo a dizer-te. Gosto muito de ti e o meu objetivo continua a ser ir desembaraçando o nó com a tua ajuda e arranjar uma solução que seja razoável para os dois. Faço os possíveis para que o dia do impasse demore muito a chegar....agora é esperar que faças por isso também.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Sensação de segurança

Todos temos medo do incerto, faz parte da raça humana. Gostamos de saber com o que contar, gostamos da segurança, de chegar a casa e saber quem lá está. Volta e meia precisamos de sentir aquela adrenalina, de dar o passo no escuro e perceber o que está para lá do desconhecido mas isto é só volta e meia. 90% das vezes queremos segurança e estabilidade. Esta sensação de segurança é tão viciante que por vezes refugiamos-nos nela, não damos o passo em frente porque afinal até estamos bem onde estamos, não procuramos a adrenalina porque pode correr mal, não queremos saber do desconhecido. Basicamente acustomamos-nos aquilo que temos (e atenção que não quer dizer que seja mau) mas todos vamos abdicando de coisas ou porque não há dinheiro, ou porque não há tempo e principalmente porque temos medo da incerteza. Vemos-nos a "aceitar" algo que sabemos ser seguro do que arriscar. Isto vai das coisas mais pequenas (tipo experimentar um restaurante novo ou um novo corte de cabelo) até coisas mais importantes (como relacionamentos e opções de carreira). Isto não é fácil e todas as pessoas tem maneiras diferentes de lidar com as coisas, e por isso uma questão complicada. Onde ou como é que se estabelece um limite ao que abdicamos?? E depois se uma vez abdicamos de experimentar um restaurante novo temos que, a partir daí, abdicar sempre? E quando abdicamos de algo para outra pessoa não ter de abdicar? 

domingo, 31 de maio de 2015

Além de ganhar....poupa-se

Como forreta e organizada, tenho uma folha em excel com todos os meus gastos do mês. Este ano estava preocupada andava a gastar muito dinheiro até que comecei a trabalhar. No primeiro mês que trabalhei poupei cerca de 100 euros em relação ao mês anterior. Este mês poupei 200 euros em relação a 2 meses atrás. Ou seja, não só existe um ganho relativo ao salário como gasto menos dinheiro. Por um lado não faz sentido, se não tinha não devia gastar e se agora tenho devia gastar, a questão é que agora não tenho tempo para o gastar. Antes estava em casa, era eu que ia as compras, ia ao veterinário, a oficina, etc e pagava essas coisas todas agora só gasto dinheiro em algumas refeições fora. Portanto a trabalhar é que se poupa. 

sábado, 23 de maio de 2015

Tas com ar de sono!

Sábado,  7h45 da manhã.
Ontem levantei as 6h22  trabalhei das 9h as 17h,  fui para as aulas das 19h as 23h. Deitei me já passava da 00h 20. Hoje de manhã as 7h45 o meu pai olha para mim e diz "tas com ar de sono". Sim pai, sabes trabalhei a semana toda, levantei me sempre as 6h22, hoje é sábado e sim tenho sono por isso é normal que tenha ar disso.
Queixo me, não
quero dormir, sim
posso, até posso mas há coisas para fazer e tenho que as fazer por isso vou continuar com ar de sono .

domingo, 17 de maio de 2015

Guia de intruções

Em principio para o mês que vêm tenho um casamento. Ora o último e único casamento que fui, tinha 5 anos e foi uma coisa no registo civil e mal me lembro da festa. O meu conhecimento sobre casamentos é -5 de 0 a 20. Por isso ajudem-me. Como é que a cena funciona? As prendas dão-se quando? Que prenda se dá? O que vestir, calçar e usar? Quais as "regras" de etiqueta? Existe fila para as fotografias? Como sabemos onde nos sentamos? A cena da missa demora quanto tempo? 

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Pimbas....

Sou uma mulher prevenida acho sempre que as coisas podem correr mal por isso tenho isso em conta. Tinha 5 sobremesas para fazer mas quando fui ao supermercado trouxe um salame de chocolate. A minha mãe perguntou "porque levas isso? Já vais fazer tanta coisa!!" respondi-lhe "é que pode correr tudo mal e assim tenho um plano c".

Chegamos a casa, a minha mãe começou a fazer a mousse e feita esperta não seguiu as instruções e não conseguiu fazer as claras em castelo. Não quis ficar mal por isso insistiu na cena, resultado acabou com os ovos e eu fiquei sem poder fazer 3 das 5 sobremesas que tinha pensado. Quando ela percebeu que dali já não ia sair claras em castelo disse-lhe "vês como pode tudo correr mal".

P.S. ainda bem que trouxe o salame

sábado, 9 de maio de 2015

Acusada de.......

Já fiz um mês de trabalho. Acho que já me "entormei" mas ainda não decifrei bem todos os feitios e afins que por ali existem. No outro dia uma colega disse com um ar quase repugnante e deprecisoso "comes muito saudável!!". Digo-vos que mexeu comigo, aliás tanto que ja passou algum tempo e ainda estou a remoer isso. Então uma pessoa é ensinada a comer coisas saudáveis,  cada vez mais somos lembrados da importancia da alimentação para a saúde e depois uma rapariga da minha idade "despreza-me" porque como saudável. Quer dizer não basta os miudos comerem porcarias a torto e a direito agora temos adultos que fazem a mesma coisa. Eu não lhe digo que ela só come porcarias, não tenho nada a ver com isso tal como acho que ela não tem emitir opinião sobre a minha alimentação principalmente quando me pede alguma coisa para comer. Sim, porque ela disse isto quando disse que tinha fome e eu ofereci-lhe umas bolachas. Quando viu que eram integrais disparou que eu comia muito saudável. Para a próxima fica sem comer e eu fico com a minha comida saudável.  

domingo, 3 de maio de 2015

Nem tudo o que parece é

Noutro dia num post sobre escolhas comentava com a D. que se tivesse que escolher entre carreira e família escolheria carreira. Disse-o com a maior das convicções, pensava mesmo que seria essa a minha atitude neste momento da minha vida. Nessa altura ainda não me tinham telefonado a dizer que tinha um trabalho em Lisboa. Posso-vos dizer que 90% do tempo que passou (5 dias) desde que soube que tinha trabalho até estar com o namorado pessoalmente aquilo que ia na minha cabeça eram tentativas de soluções, alternativas e afins para que a nossa relação continuasse. Durante algumas horas cheguei a "querer" que o tempo de experiência corresse mal e me mandassem para casa. Quando estive com ele, percebi que tínhamos o mesmo medo. Eu tinha medo que ele me deixasse, e ele tinha medo que eu o deixasse.

Posso-vos dizer que a minha convicção mudou 2/3 h depois de saber que tinha trabalho, afinal não era assim tão simples escolher a carreira, afinal não era tão fácil abandonar um amor, afinal eu até gosto mais do rapaz do que aquilo que penso e afinal eu quero continuar nesta relação.

Depois de quase um mês de trabalho posso-vos dizer que não é fácil, nas piores semanas só o vejo 2 dias. Posso-vos dizer que não faço horas extraordinárias para apresentar serviço, faço aquilo que me pedem e tento despachar-me para vir para casa. Posso-vos dizer que tento aprender o mais depressa possível para começar a trabalhar em casa e não perder tanto tempo em viagens. Isto não são atitudes de uma pessoa que põe a carreira à frente da relação, isto são atitudes de alguém percebeu a sorte que têm e faz TUDO para a manter. 

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Corte radical

O Igor (neste momento o meu único cão) foi à tosquia. O rapaz tem pêlo de ovelha e já estamos na altura da carraça. Levou um corte de máquina zero e ficou irreconhecível. Acho que se sentiu um pouco nu, quando chegou a casa estava a esconder-se de toda a gente como se tivesses vergonha e depois por azar têm estado frio então não pára de tremer. Para piorar um bocadinho mais as coisas, o luci (1 de 3 gatos) que era o melhor amigo dele não o reconhece então já não quer brincar com ele. O rapaz fica ali sozinho a tremer sem ninguém para brincar. Espero que venha o sol e que o luci se aperceba que é o mesmo cão.

domingo, 26 de abril de 2015

Junior

O junior foi certamente um dos piores cães que já conheci. O junior estava doente e depois de uma recuperação quase milagrosa voltou a piorar e desta vez não aguentou. Morreu na sexta depois de uma trombose. O junior não era um cão fácil e sei muito bem que teve imensa sorte nos donos, tenho plena consciência que noutra família já teria sido abandonado ou abatido. Levei imensas mordidas dele e não estou a falar de coisas ligeiras estou a falar de mordidas que implicavam vários dias de tratamento e às vezes antibiótico, estou a falar da minha mãe que ficou com um braço três dias inchado. Apesar de tudo eu amo o junior, ele faz parte da minha família e do meu coração. Foi um resistente, quase três anos a levar injeções com doses superiores ao recomendado para o peso (se não não faziam efeito), a tomar antibióticos mais de meses seguidos, feridas na pele que o deixavam num estado lastimável. Lembro-me perfeitamente na sexta de manhã quando saí olhar para ele sentado na rua quase sem reação e de eu ter suspirado por saber o seu sofrimento e por não saber se ele iria aguentar mais. Fico triste por ter morrido, vou sentir muito a falta dele, de dormir com ele junto a minha barriga e das birras que fazia para ter atenção, dele andar sempre atrás de mim desde que eu chegava até lhe dar 5 minutos de atenção. Por outro lado sei que ele já não tinha qualidade de vida e que estava a sofrer e isso diminui um bocadinho a minha dor. 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Quando não podes vence-los....junta-te a eles

Pedi a alguém (M.) para me enviar um fax.

M: Não tenho fax
eu: não tens fax? então mas estás sempre a mandar fax..
M: não é fax, é mail
eu: então mas não metes um número?
M: sim
eu: então isso é enviar um fax.
M: não, é um mail eu faço um scan e mando
eu: sim ta bem mas se colocas um número é um fax para ser o mail tinhas que colocar um endereço de email para a pessoa receber.
M: não, aquilo é um mail
eu: então mas as pessoas não recebem um papel?
M: não, recebem um mail
eu: como é que recebem um mail se colocas um número?

E basicamente tivemos nisto  5 minutos até

M: eu não sei como os outros recebem mas não é um fax
eu: ok então envia-me isso como fosse um mail mas mete o número
M: Está bem

Percebi que a pessoa não fazia a mínima ideia do que estava a dizer e não valia a pena estar a explicar uma coisa que a pessoa não quer entender por isso deixa-a ficar com a dela e resolvi o problema na mesma


domingo, 19 de abril de 2015

Amor a quanto obrigas

Por norma aos domingos o rapaz vai ver os jogos do clube da terra (não sendo eu muito fã de futebol). Com a redução do meu tempo disponível agora vou ter com o namorado ao domingo (antes não era costume ir), claro que para estar com ele tenho que assistir aos jogos mas acho que é um esforço merecido pelo bem da nossa relação. Hoje no jogo durante o intervalo levei com uma bolada na cara e fiquei a ver estrelinhas, estou com uma gigante dor de cabeça e a cara inchada. Já coloquei gelo e já rezei a todos os santinhos para isto não ficar negro.

Acho que a minha relação vale o esforço de ver jogos de futebol todos os domingos mas levar boladas assim não sei se me aguento 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

A imagem digital

Noutro dia uma conhecida perguntava-me quem era o meu namorado, achava que o conhecia mas pelo nome não estava a associar.

Ela: Não tens uma foto no telemóvel?
eu: hummm......acho que não
ela (muito indignada): não tens uma foto do teu namorado no sreen saver do teu telemóvel????
eu: não!!
ela: a sério??
eu: sou capaz de ter nos ficheiros mas no screen saver não.

Ela olhou de lado e não disse mais nada.

O que me dá a entender nestes tempos é que eu para demonstrar que gosto de alguém tenho é que tirar milhentas fotos por dia com a pessoa e claro publicar numa rede social qualquer, além disso tenho que lhe fazer declarações de amor públicas para todos verem que sim que gosto da pessoa e obviamente tenho que ter fotos da pessoa que gosto espalhadas em todos os aparelhos digitais que possuo.

Eu não ligo nada a essas tretas, felizmente o meu namorado também não. Não gosto de tirar fotos e quando tiro são para eu ver não tenho que as mostrar ao mundo para provar o que quer que seja. Normalmente nos aparelhos (pc, telemovel, tablet) que tenho, não tenho fotos pessoais no screen saver. No facebook tenho meia dúzia de fotos maioria dos meus animais. Acho eu que não se demonstra sentimentos pela quantidade fotos nem pela quantidade de declarações públicas mas sim por muitas outras coisas


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Nem parece que trabalho em Portugal

Arranjei um trabalho por mim sem cunha, zero mesmo nada. Fui a entrevista e 3 semanas depois ligaram-me a dizer para começar.

Arranjei um trabalho em que pagam mais que o salário mínimo (mesmo eu não tendo quase experiência nenhuma)

Arranjei um trabalho em que 30 minutos depois de lá chegar já tinha mail da empresa, já me deram um computador e já me pediram o número para uma t-shirt

Arranjei um trabalho onde me disseram você compra uma mala (para o pc) e traz o recibo que nós damos-lhe o dinheiro

Arranjei um trabalho em que depois de aprender posso trabalhar em casa

Arranjei um trabalho com horário flexível

Arranjei um trabalho onde as coisas funcionam minimamente bem

Arranjei um trabalho onde têm em conta a minha opinião e o que gostaria de fazer




Se é tudo bom.....não. Acho que o escritório é muito pequeno para o número de pessoas mas nem sempre estão lá todos

ps. texto agendado

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O dia em que.....

Acerca de 10 anos estava eu no sofá a ver a novela da tarde quando o mau pai me liga "Olha é só para dizer que vamos chegar tarde porque a mãe partiu o braço" (mais um minuto de conversa) e desliga. A minha primeira reação foi.... rir-me (ah tão mazinha que eu sou). Ri-me durante uns 4/5 minutos até que percebi "espera lá!! se ela partiu o braço és tu que vais ter que fazer tudo!!!". Ora pois a partir daí vi a minha vidinha a andar para trás. Não só tive que fazer tudo em casa como ainda tinha de ajudar a minha mãe a tomar banho e coisas assim porque ela nos primeiros tempos não conseguia. Além disso, como tudo isto não bastasse, ela ficou de baixa em casa cerca de 3 meses. Eu fazia tudo e ainda tinha de a aturar atrás de mim "olha falta-te limpar ali" "olha não te esqueças de fazer x" "olha faz outra vez y". Demorou mas aprendi que não se deve rir do mal dos outros é que ainda pode sobrar para nós. 

terça-feira, 7 de abril de 2015

Ao 2º Dia

Estou viva

Já sei quanto vou ganhar,
Jantar faz-se ao fim de semana muito comer no forno para ficar para a semana
Almoçar tenho várias opções,

Tudo o resto ainda está em período de observação e adptação

domingo, 5 de abril de 2015

E a vida muda...

Quando nos ligam as 18h20 de quinta (sexta foi feriado) para começar a trabalhar na segunda as 9h.

Coisas que eu não sei:
1) quanto vou receber
2) como vou conseguir ver o meu namorado (o trabalho é em Lisboa)
3) como vou conseguir ir as aulas da pós-graduação
4) como vou arranjar tempo para estudar
5)o que dizer se me ligarem para marcar uma entrevista (não é propriamente fixe nos primeiros dias de trabalho estar a faltar)
6) quem vai fazer o jantar
7) como vou ao ginásio
8) onde vou almoçar



Cena ultra estranha ou uma coincidência brutal:

Deixei o namorado no comboio por volta das 18h15 e ligam-me 10 minutos depois a dizer que tenho trabalho


ps: Estou constipada e com herpes só para começar bem o primeiro dia.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Há pratos....e .....pratos

A segunda mulher do meu Tio é parva sensível e se no início da relação eles vinham cá a casa para jantares e afins com o tempo a Senhora tornou-se mais parva sensível e deixaram de cá vir. (Atenção que eu até a compreendo, isto é uma casa de doidos). Em relação aos meus avós a coisa teve um desenvolvimento semelhante no início era muito amor e agora quer distância. (Continuo a perceber, afinal somos uma família de doidos) O que me faz uma certa confusão é o fenómeno que ocorreu entre ela e o meu Tio. É que se há bebés que nascem siameses e os médicos os tentam separar aqui foi o contrário, duas pessoas diferentes nasceram separadas e por razões inexplicáveis ficaram siameses. O meu Tio não "pode" ir a lado nenhum sem ela, aliás eu até acho que respiram pela mesma boca e por isso o meu Tio deixou de nos visitar e quando vai visitar os meus avós sucede a cena ridícula dela ficar no carro à espera. (não sei se me estou a fazer entender!!?)

Voltando ao assunto......Numa das vezes (há mais de 6 anos) que a Senhora cá veio trouxe uma sobremesa num prato dela e a minha mãe (que ainda não prevê o futuro) disse quando voltares devolvo-te o prato. Ora que por razões da parvoíce sensibilidade dela, a Senhora não voltou e o prato ficou ali guardado no armário junto com outros mas sem utilização. Recentemente quando o meu Tio conseguiu escapar da mulher  um tempo falou com a minha mãe ao telefone (sim porque o meu Tio também não pode falar ao telefone sem a Senhora) e disse que a Senhora volta e meia refilava que a minha mãe tinha-lhe roubado o prato e que o devia ter devolvido no mesmo dia fazendo logo a transferência da sobremesa para uma coisa nossa. A minha mãe mal chegou a casa foi ver se o prato ainda (passaram mais de 6 anos) era vivo para poder levar ao meu Tio. Eu disse a minha mãe para levar mais uns quantos é que me parece que Senhora está com falta de pratos e eu não quero que lhe falte nada. Até podia dizer que ela também cá deixou o bom senso mas para isso era necessário que alguma vez o tivesse tido. 

(Em relação ao meu Tio dizer que o papel de marioneta lhe fica muito mal mas que ele o interpreta na perfeição)


terça-feira, 31 de março de 2015

Anda tudo a dormir

Nos últimos tempos tenho ido várias vezes para o trabalho da mãe. As entrevistas são lá perto por isso vou com ela e depois no tempo fora da entrevista fico no trabalho dela. Fico lá sossegadinha numa mesa com o meu pc a fazer o que me apetece. Já tinha dado conta que algumas pessoas ou não se apercebem da minha presença ou acham que trabalho lá (eles não conhecerem os colegas faz-me uma certa confusão e não é um sítio que trabalhe muita gente). Ontem estive lá quase o dia todo, hoje a mãe chega e conta-me a conversa com o chefe.

chefe da mãe: Então a tua filha???
mãe: A minha filha, não trabalha cá.
chefe da mãe: Aí não??
mãe: Não, ela veio responder a uns anúncios.
chefe da mãe: Ah, ela ainda não arranjou trabalho?
mãe: ainda não
chefe da mãe: Ah, ta bem..
mãe: mas ela pode vir para aqui se não se importar
chefe da mãe: então ela que envie o currículo.


Os colegas não darem por mim é uma coisa o chefe daquilo tudo achar que eu trabalho lá é outra coisa completamente diferente.


domingo, 29 de março de 2015

Há uma primeira vez para tudo..

Estava eu já na sala de aula na sexta (19h e pouco) vejo que me estão a ligar de um número que eu não conheço. Tive um felling e saí para atender. Era um senhor, com a situação não percebi o nome dele nem de onde falava.

Senhor: Tenho aqui o seu currículo, era para marcar uma entrevista para segunda.
(já tinha uma entrevista para segunda)
Eu: Não pode ser na terça?
Senhor: Nem por isso dava jeito ser na segunda.
Eu: É onde?
Senhor: Em Alvalade
(Boa, pelo menos a outra também é na área de Lisboa)
Eu: A que horas?
Senhor: 10h30...11h
(à mesma hora que a outra)
Eu: Não pode ser a tarde?
Senhor: pode sim, a que horas lhe dá jeito?
Eu: depois de almoço
Senhor: Pode ser as 15h?
Eu: pode
Senhor: Então eu digo-lhe a morada
(eu saí da sala só com o telemóvel não tinha onde escrever)
Eu: Não me pode enviar por mail?
Senhor: Não, já estou fora do escritório
(começo a correr em direção a umas pessoas que estavam no corredor para tentar arranjar um papel e caneta)
Senhor; Se quiser posso-lhe enviar por sms
Eu: sim, obrigada. Faça isso

No fim disto tudo fiquei sem perceber qual é a empresa e o cargo para o qual vou ser entrevistada (já consegui descobrir a empresa através da morada). Juro-vos que fiquei perplexa ligam-me as 19h de sexta para marcar uma entrevista para segunda seguinte e ainda por cima à mesma hora que eu já tinha uma entrevista marcada. Felizmente consegui conciliar as coisas mas estar 8 meses sem respostas e agora de repente até duas entrevistas no mesmo dia tenho, é de agradecer e muito

quinta-feira, 26 de março de 2015

Eu tenho 2 entrevistadores

Até agora as entrevistas que fui foram sempre duas pessoas a entrevistar-me e se na primeira a coisa foi complicada porque estava eu à cabeceira da mesa e depois um em cada lado (parecia eu que estava a ver um jogo de ténis, sempre que a cabeça de um lado para o outro). Nesta segunda estavam os dois lado a lado e eu a frente o que facilitou a coisa mas senhores como equilibrar o olhar? É que a sempre um que faz mais perguntas de que o outro e depois existem as outras coisas que eu quero ver tipo o que estão a escrever ou que documentos é que têm. E a intimidação que é ter duas pessoas a olharem para vocês e fazer perguntas quase parece um interrogatório na policia (não que eu saiba mas do que se vê nos filmes)


ps (1). Nesta segunda entrevista foi a única entrevista até agora que antes de me fazerem as perguntas explicaram-me tudo o que ia fazer e as condições (ordenado, horário, tipo de contrato). Depois de explicarem tudo a primeira pergunta foi "continua interessada?"

ps(2). Estava eu literalmente à porta da empresa que ia fazer a entrevista com o porteiro a olhar para mim e a mandar-me avançar com o carro e eu ao telefone com uma senhora a marcar outra entrevista.

terça-feira, 24 de março de 2015

Assim sim

Ontem comecei a manhã a receber uma carta de um concurso público que me candidatei, a carta era para dizer que passei a fase da entrevista e tinha a marcação da mesma. Ao início da tarde, ligam-me para ir a uma formação gratuita e cerca de 30 minutos depois ligam-me de uma empresa aqui perto para marcar uma entrevista de um anúncio que respondi.


Finalmente começam as oportunidades a aparecer. Esperança renovadíssima!!!

domingo, 22 de março de 2015

Farta e fartinha

Desde o início das aulas que uma colega que se senta ao meu lado diz que está farta. Todos os dias de aulas é a mesma coisa "aí já estou farta disto", "aí que isto nunca mais acaba", "aí estou tão cansada". Ela trabalha e percebo que ao fim do dia esteja cansada e tal mas ela já trabalhava quando se inscreveu no curso, ninguém a obrigou a inscrever-se. Desde o início do curso que ela se queixa. As pessoas quando se inscrevem nas coisas têem de pensar se estão preparadas ou não. Eu quando trabalhava e estudava também estava muito cansada mas não tenho a sensação de estar sempre a queixar-me, a única coisa que sou capaz de ter sido mais repetitiva era quando as pessoas me convidavam ou aliciavam para alguma coisa eu dizia " ah eu agora não tenho tempo, estou a fazer isto e isto e aquilo" podia dizer só não tenho tempo mas sentia alguma necessidade de explicar porque não o tinha. Farta estou eu de a ouvir é que um bocadinho saturante todos as aulas ouvir a mesma coisa. 

quarta-feira, 18 de março de 2015

Isto de ser pontual tem que se lhe diga

Gosto de ser pontual e para mim ser pontual é chegar 10 minutos antes e faço-o sempre que possível. Por vezes as coisas não me correm de feição e acontece chegar a horas ou ligeiramente atrasada. Há uns dias as aulas começavam as 19h cheguei às 19h05 mal entrei na sala professor perguntou "Milka está tudo bem?"
eu: "sim, professor"
ele :" Ah é que normalmente é a primeira a chegar, pensei que tivesse acontecido alguma coisa" 

segunda-feira, 16 de março de 2015

Ridiculamente rídiculo

Já me fartei de pedir trabalho na oficina onde regularmente levo o meu carro. Aquilo é coisa grande tem várias coisas e vejo-me lá a trabalhar em 2/3 secções. Da última vez que pedi, consegui falar com o responsável dos recursos humanos que disse que até precisavam mesmo mesmo de alguém com as minhas habilitações e disse que a probabilidade de me contratarem era grande. Ficou de falar com o chefe, passou uma semana e nada. Ligou-me hoje assim "olhe Milka você apareça cá peça para falar com o Sr. chefe diga-lhe o seu currículo como nos pode ajudar e assim". Eu estranhei, então apareço assim sem mais nem menos sem o Sr. estar a minha espera. O senhor dos recursos humanos continua "um conselho, você traga o seu pai. Porque o Sr. chefe conhece o seu pai, ele é muito bom cliente e assim facilita que o Sr. chefe a queira cá". Eu fiquei em choque que só balbuciei "ah....mas...o meu pai não está em casa.."

Senhores ter uma cunha é uma coisa, sermos apresentados por uma cunha é uma outra coisa, levar o pai, que por acaso é bom cliente da oficina, para uma cena que nem entrevista chega a ser, é só ridículo. 

Então era suposto eu ir para o meio da oficina com o meu pai ao lado a procura do Sr. chefe, esperar que ele tivesse tempo para falar comigo e depois dizia o quê "olhe este é meio pai que é muito bom cliente aqui. Eu estou desempregada e o meu pai e eu queremos muito que eu trabalhe aqui". RIDÍCULO

Eu fui lá, sozinha, para tentar falar com o homem. Não consegui, ele despachou-me para o senhor dos recursos humanos e eu fiquei com pouca vontade de trabalhar num sítio assim

domingo, 15 de março de 2015

Típico Português

Adoro mas adoro mesmo que as aulas acabem mais cedo somente e apenas porque..........................



                                                            joga o Benfica. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Uma nova fobia

Quando estive na conferência fiquei no mesmo hotel que o meu professor era mais fácil em termos logísticos. Quando entramos no parque de estacionamento (curva a descer, tipo U) percebi que aquilo era muito apertado mas fez-se razoavelmente bem. Quando foi para sair informaram que era por onde entramos. Basicamente um carro comprido a subir uma cena muito mas mesmo muito estreita. Eu já sabia que as subidas e descidas me faziam confusão mas isto foi um outro nível. Eu ia de olhos fechados, completamente encolhida e sem respirar. O meu professor teve que fazer algumas vezes marcha atrás (na subida) para conseguir virar o carro e passar a curva estreita sem bater. Ia entrando em pânico só queria sair do carro e ir para a rua, para verem que fiquei tão alterada quando chegamos cá fora o meu professor olhou para mim e perguntou-me se eu queria ir ao hospital. Como praticamente não respirei lá dentro, cá fora estava com falta de ar e o coração a bater descompassadamente mas consegui manter a calma e passados uns minutos voltei ao normal. O susto foi estranho mas o mais estranho foi descobrir a uma fobia nova nesta altura da vida. O carro voltou ao estacionamento mas eu não. Tive pesadelos com aquilo e mesmo não estando no carro quando o meu professor saiu novamente do estacionamento fiquei nervosa e com falta de ar. Agora já sei e terei que adaptar as coisas a esta informação, felizmente vivendo no campo parece-me que não será uma coisa que vou encontrar muitas vezes. 

domingo, 8 de março de 2015

Carreira ou famíla

Um dia destes numa conversa uma rapariga um pouco mais velha que eu. Ela após o curso conseguiu trabalho em Lisboa mas desde sempre procurou mais perto da casa dos pais (aqui perto do fim do mundo) e ao fim de três anos consegui trabalho mais próximo e ela dizia-me "sabes quando uma pessoa escolhe um trabalho ao pé do campo está a colocar a família em frente a carreira". Percebi o que ela dizia, aqui não se vive para o trabalho, não existe as correrias e as pressões. Claro que isto não significa que as pessoas aqui não tenham uma "carreira" simplesmente as coisas são diferentes e as pessoas tem que perceber que é diferente e fazer a sua escolha. Estes últimos dias deixaram-me muito em que pensar, a entrevista e a conferência fizeram me repensar várias coisas e num sentido muito semi-prático percebi o que ela me dizia.

Se me aceitarem para trabalhar será em Lisboa, vou deixar de ter vida, nem se quer sei como vou namorar. Imagino-me a mudar de umas empresas para as outras subindo de posto ou mudando de atividade mas sempre na mesma zona geográfica. Imagino-me a viver sozinha em Lisboa e a passear feita turista aos fins de semana. Imagino-me a ganhar pouco pelo meu esforço e a competição a que vou estar exposta. Imagino-me a ir de férias para fora e que os meus amigos são um grupo de viciados no trabalho. Imagino-me a visitar museus e a ir a espectáculos, a falar com pessoas interessantes e até quem sabe fazer o doutoramento

Se ficar por aqui, talvez arranje qualquer coisa a menos de 1h de casa. Imagino um trabalho quase para a vida que só acaba se a empresa falir ou se me quiser vir embora. Imagino-me a namorar com a mesma pessoa muito tempo até ter filhos. Imagino-me a viver numa casa pequena cheia de humidade e com a relva por cortar. Imagino-me a ir de férias para o Algarve e ter um grupo de amigos que trabalha na agricultura. Imagino-me a ganhar razoavelmente para aquilo que faço porque as vezes não se faz muito. Imagino-me a ir a feiras de enchidos e aos mini-concertos das festas das freguesias. Imagino-me a falar com pessoas com histórias de vida fascinantes e a fazer as formações obrigatórias da empresa.

Ninguém me garante que a coisa não possa ser o melhor de cada, o pior dos dois ou até nenhum dos dois. Como neste momento não tenho que fazer esta escolha resta-me esperar que aconteça o que for melhor seja o que isso for

sexta-feira, 6 de março de 2015

Quem é Quem??

No dia de apresentação da tese, desliguei o telemóvel. Quando liguei recebi uma mensagem de tentativa de contacto da pessoa A. Passado uns minutos pessoa A liga para saber como correu e dá os parabéns e afins. O dia continua. Estou em casa e chega a pessoa B vai ver televisão e passados uns 20 minutos "grita" a perguntar o que é o jantar e depois passa no meu quarto e pergunta como correu. Entretanto chega a pessoa A que vem logo ao meu quarto saber pormenores. O meu desafio para vocês é quem é a pessoa A e quem é a pessoa B?


ps. não vou oferecer nada a quem acertar, só beijinhos

terça-feira, 3 de março de 2015

Isto assim é que tem graça

Quinta e sexta vou rumar para a conferência e amanhã tenho a entrevista. Semanas e semanas sem nada e depois uma que mal me deixa respirar (atenção que não me estou a queixar. Eu gosto assim)

segunda-feira, 2 de março de 2015

Bate na boca

Depois deste desabafo sentia-me triste. Hoje eram 9h15 ligam-me para marcar uma entrevista. Eu que nem sou nada destas coisas olhei para cima bati na boca (por ontem me ter "queixado") e agradeci. 

domingo, 1 de março de 2015

O sentido da incerteza

Sempre tive dúvidas do que fazer, dúvidas do que queria para mim apenas percebia o que não queria. Nunca tive um talento ou uma aptidão especial sempre me safei razoavelmente. Gostava de astronomia, de cozinhar, de fazer massagens, de pintar, de animais....Entre conselhos e testes lá entrei na faculdade para uma coisa que não sabia bem o que era. O primeiro ano foi o caos quis desistir com todas as forças mas não me deixaram. No segundo ano com disciplinas mais especificas percebi que até achava piada aquilo e deixei-me estar. A terminar o curso o país estava afundado numa crise económica, para não ficar sem fazer nada escolhi (EU escolhi) o mestrado. Adorei o que fiz apaixonei me por uma área e fiquei orgulhosa do trabalho de tese que desenvolvi. Entre isto o centro de emprego arranja-me um estágio em algo que vai um pouco contra o meu gosto mas as oportunidades eram escassas e não me dei ao luxo de recusar. Felizmente tive sorte e não se fazia nada, tinha tempo para ler artigos para navegar livremente na net e recebia ao fim do mês. O estágio acabou a empresa não tinha nem trabalho nem dinheiro para mim. Acabei a tese e empurrada pelos pais comecei a fazer uma pós graduação. A pós- graduação é algo que nunca me passou pela cabeça, é assustadora e exigente. Depois de 4 meses de aulas tenho sérias dúvidas que tenha perfil para exercer a profissão mas esforço-me. Logo após ter ficado desempregada começo a procura de outro emprego entretanto já passaram 8 meses ainda não fui chamada para uma única entrevista. Tenho a familia, amigos e desconhecidos a mandar bitaites que sei que é com a melhor das inteções. No meio de pequenos cursos, pós graduação, conferências, feiras de emprego e afins não me foco em nada e tento espalhar a minha atenção por tudo. No fim disto tudo sinto-me perdida, não sei o que fazer e não consigo imaginar o futuro. Estou a perder a capacidade de sonhar...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Quando as pessoas não sabem do que falam

Há mais de uma semana num dia qualquer que já não me lembro, quando a minha mãe se veio despedir de mim (+/- 6h15) diz-me assim "Saíram os estágios". E pronto foi-se embora eu continuei a dormir e o dia passou-se. À noite pergunta-me "Então viste os estágios??" Eu respondi-lhe que não, que não percebi aonde é que saíram os estágios. Começou a refilar comigo "ah isso deu na televisão e deu na rádio, como é que tu não sabes? ah não ligas para o centro de emprego a saber". Tentei explicar-lhe que precisava de mais informação para poder perceber aonde saíram os estágios, porque existem milhares de estágios e existem diferentes tipos de estágios e que muitas ofertas de trabalho já dizem que é para estágio. Continuou a refilar "deixa de estar em casa sem fazer nada a ver se te vem parar ao colo.....". O meu pai que também não viu noticia nenhuma e percebeu o que eu estava a tentar explicar a minha mãe perguntou-lhe aonde é que ela tinha ouvido a noticia e foi então procurar. O que saiu foi isto. Que é uma lista das câmaras a dizer quantos estágios tiveram aprovados. Ora a minha mãe achou que aquilo que tinha saído (tipo em todo o lado, até que nos vinha parar ao mail ou assim) era uma lista mais ou menos do género mas em que vinha logo descriminado as áreas para cada câmara tipo 3 para serviço social, 2 para jardinagem. Não sabia que agora tenho que esperar que as câmaras decidam quais as cunhas áreas que vão meter e depois procurar por câmara. Ela fartou-se de mandar vir, chateou-me por uma coisa que não sabe do que está a falar e acha que eu devo perceber alguma coisa só com a informação "saíram os estágios". Por isso antes de refilarem com alguém vejam se sabem do que estão a falar é que poupa-se muita confusão.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Beleza plástica

Há uns dias estive com uma senhora que via-se claramente tinha feito plásticas e que não tinham corrido bem. Uma coisa tipo assim


Fiquei com muita pena da senhora. Eu não sei como ela era mas imagino que não se sentisse bem com o seu aspeto e com todo o direito que as pessoas têm tentou sentir-se melhor. Também não sei se fez apenas uma cirurgia ou várias mas a verdade é que alguma coisa correu mal. Duvido que alguém queira parecer assim e se a senhora não se sentia bem com a aparência imagino que agora se sinta pior. Eu como mulher, como pessoa insegura com a sua existência, não consigo sequer imaginar o pensamento desta mulher ao ver-se ao espelho todos os dias e por isso tive muita pena dela e tentei ao máximo abstrair-me da sua imagem (coisa muito difícil). Parece-me que as vezes é melhor aceitar aquilo que nos calhou

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Feira de emprego

Hoje fui a uma feira de emprego (relacionada com o meu curso). Foi uma coisa pequena mas muito interessante. As empresas estavam lá como se tivessem a fazer publicidade e o pessoal chegava lá e perguntava "então o que fazem?" com um ar de "deixa lá ver se isto me interessa". Basicamente senti-me como se tivesse a escolher roupa em várias lojas, via-a, diziam-me o que havia de melhor, davam-me a informação e depois eu escolhia o que queria. Eu não queria escolher nada, eu queria é que me escolhessem a mim para trabalhar nem queria saber muito bem no quê desde de que me chamassem. Levei 20 currículos e só consegui entregar 6 (porque não havia mais empresas) mas foi um dia interessante e uma maneira estranha de ver as coisas e se um deles me chamar para entrevista já foi um dia ganho. 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

As estúpidas das expectativas

Já tinha falado aqui e aqui sobre casamento. É verdade que o meu pensamento sobre este assunto é muito flutuante, se por vezes penso que não tem importância outras acho que gostava mesmo. Este dia dos namorados não sei porque enfiei na cabeça que o meu namorado (que sempre me disse que não quer casar) me ia pedir em casamento. Marquei um restaurante um pouco mais sofisticado ao que estamos habituados, tentei vestir-me o mais bonita possível (tento em conta a chuva e o frio) e estava ansiosa por uma noite especial. O restaurante estava decorado a preceito, havia música ao vivo e um menu especial. A comida estava ótima (a quantidade é que podia ser mais), a noite até correu bem, divertimos-nos, namoramos e cedo percebi que as minhas expectativas iam ser desfraldadas. Durante uns minutos senti-me triste, senti-me parva por meter uma coisa impossível na cabeça, senti-me estúpida por querer casar quando acho tão difícil que a nossa relação sobreviva (por sermos tão diferentes) e foi aqui que pensei que tinha era de aproveitar a noite, aproveitar a relação e aproveitar o amor. 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Gelada

Sou fria. Desde que me lembro que sou fria. Sou fria fisicamente e socialmente. Fisicamente já me tinha apercebido há muito tempo mas socialmente foi uma coisa mais recente. Lembro-me de perguntar ao meu namorado qual tinha sido a primeira impressão dele sobre mim e ele responder "Achei-te fria". Mas afinal o que é uma pessoa fria??? Eu acho me mais seca ou seja as vezes digo as coisas de uma maneira meio bruta. Pelo que entendo do que já li e também daquilo que as outras pessoas falam é que uma pessoa fria é uma pessoa que tende a esconder os seus sentimentos, não da abraços com facilidade nem carinhos, as vezes um pouco insensível, distante. Se uma pessoa fria é isto então sim sou. Mas isto é tudo uma questão de educação e habituação. Sempre fui habituada assim a não receber ou dar beijinhos, a não receber ou dar abraços ou um miminho só porque sim. Nem se quer me lembro da última fez que dei um beijo ao meu pai mas lembro-me do meu avó dizer ao pai "dás mais beijos ao cão que a tua filha!!" (eles são muito mais fofinhos). Desde de que me disseram que sou fria socialmente que tenho feito um esforço para mudar até porque adoro abraços e miminhos e as vezes o toque de alguém que nos quer bem faz toda a diferença. Faço-o com os amigos, com a família que escolhi cá em casa continua igual até porque foram eles que me educaram assim. 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Quando o passado se esquece

Bom ou mau sou uma pessoa que segue em frente muito facilmente, faço rápido o luto das relações, adapto-me bastante bem às mudanças mas raramente esqueço. Não esqueço os amigos da primária, não esqueço o primeiro namorado, não esqueço o primeiro animal, não esqueço os dias passados sozinha no quarto, ....... Tudo isto para dizer que recentemente encontrei um amigo da secundária no facebook. Já o tinha procurado outras vezes, porque éramos muito amigos e desde que me mudei não sabia nada dele e apesar de viver bem sem a presença dele por vezes perguntava-me o que seria dele, o que fez da vida, por onde andou. Infelizmente fiquei um pouco desiludida porque ele avançou no presente e esqueceu o passado. Lembra-se de mim mas não tem qualquer interesse em saber de mim. Não é que eu espera-se que agora de repente voltasse-mos a ser os melhores amigos mas esperava interesse. Enfim pelo menos não podem dizer que não tentei. 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Os pobres ricos

Uma conhecida minha vive bem, sempre viveu. Uma pessoa simples sem frescuras mas com possibilidade de se esticar mais um bocadinho nas contas. Já não ia a casa dela a algum tempo, hoje fui lá e digo-vos que parece tirado de uma revista. Estava quase tudo remodelado, banheira enorme de hidromassagem, piscina de água salgada e afins. Vai ao ginásio quase todos os dias e faz o que lhe apetece. Fui lhe fazer um tratamento de estética que ando a aprender, cobrei-lhe 15 euros sendo que o tratamento durou 45 minutos. Para a semana quer fazer outro, tiro a agenda para marcar quando ela me diz assim " Quando é que tens curso? é que assim vou de modelo, faço o tratamento e não pago!"

Se calhar 15 euros é muito dinheiro para algumas pessoas, a mim que não ganho nenhum dá-me jeito. E não digo que as pessoas ricas tenham que esbanjar e acho muito bem que sejam poupadas mas sinceramente fiquei um bocadinho desiludida pela atitude

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Passar a ferro ou politica??

Ando tão "desesperada" por trabalho que candidato-me basicamente a tudo. Candidatei-me a um trabalho de limpeza e passar a ferro em troca de material da loja (decoração). A senhora respondeu-me muito cordialmente que eu tinha muitas habilitações para o trabalho em causa e clarificou o método de pagamento em bens. Falei com os meus pais que não acharam piada nenhuma disseram que ia trabalhar de graça e que não precisava de tarecos. A minha mãe disse inclusive que para passar a ferro ela paga-me (o que de certo modo é verdade). Percebendo o meu desespero disseram para eu me dedicar à politica visto que é um meio onde circula muita gente e se faz muitos contactos porque afinal o que eu preciso não é de uma licenciatura ou de um mestrado o que eu preciso é de um "padrinho". 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Espaço para nomes

Depois de ter visto uma reportagem de uma rapariga que vive sobretudo de trocas, tentei inscrever-me num site dedicado a isso a ver se começo a fazer o mesmo. Qual é o meu espanto que o mail não é aceite porque é demasiado longo. O meu mail pessoal é algo do género primeiro nome_último nome @ ...É verdade que o meu primeiro nome é grande (9 letras) e que o meu último nome também não é pequeno mas nunca me tinha acontecido não conseguir inscrever-me em sites por causa disso. Sinceramente parece-me uma falha técnica muito grande mas olha quem perde são eles que agora vou fazer má publicidade. 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Procura-se chinelo

Por favor quem vir um chinelo azul sujo e velho contacte mande comentário para este blog. Tenho quase a certeza que o meu cão o raptou e o abandonou algures no quintal. É um chinelo muito estimado e o par está devastado com o desaparecimento do seu companheiro. Não fiquem indiferentes e ajudem-me a procurar o chinelo azul. Obrigado 

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

As dores de estupidez

Lembrei-me de duas histórias e andei a procura delas por aqui e nem sei como é que não cá estão. Cá vão.

1) Estava eu linda e nua a tomar banho quando a minha querida mãe (espero que percebam que estou a ser irónica) se lembrou só porque sim de dar banho ao gato. Ah e tal ainda o embrulhou numa toalha a ver se ele não arranhava. Pois que o gato desfez a toalha e estando a minha mãe a agarra-lhe as patas, ele decidiu então subir por mim a cima com os dentes. Se isto vos parece doloroso eu posso confirmar que sim, um gato completamente desesperado a agarrar-se ao meu braço (felizmente foi só no braço) com os dentes doí. Dói tanto que o meu braço duplicou de tamanho, no dia a seguir (porque foi à noite) tive que ir ao centro de saúde fazer um curativo e tomar antibiótico. Só andei mais de uma semana com o braço inchado e dois dias com dores horríveis no braço que nem conseguia pensar.

2) Estava eu com uma otite, desesperada com dores. Chorava, esperneava, enfim, sofria. Novamente minha querida mãe (espero que novamente percebam que estou a ser irónica) lembrou-se de uma mezinha. Decidiu então colocar azeite quente para dentro do meu ouvido. Se isto parece doloroso também posso garantir que sim. Quando o pai deu conta refilou com a mãe e levou-me ao hospital. Quando na triagem a senhora percebeu que eu tinha algo no ouvido e o meu pai disse " ah foi a mãe que lhe pós azeite quente". A médica abriu muito os olhos e disse com um ar muito assustado "credo". Depois disso não me lembro muito bem do que aconteceu mas acho que me deram medicamentos para as dores.

p.s: às vezes fico surpreendida como é que ainda estou viva

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Coisas mesmo mal feitas

Quando foi ao centro de emprego ver das formações vi uma oportunidade de emprego, muito abaixo das minhas habilitações, e decidi candidatar-me. Se calhar é importante dizer que já não recebo nada do centro de emprego. A senhora do centro de emprego deu-me um papel com os contactos e disse que partia de mim a iniciativa de ligar para marcar a entrevista (até aqui tudo bem), reparei no papel que dizia se eu não fosse contratada deveria entregar o papel o mais brevemente possível se não poderia perder a minha inscrição. Fiquei surpreendida, então eu quero candidatar-me de livre e espontânea vontade, eu tenho que ligar para a empresa e mesmo se não for contratada posso perder a inscrição no centro de emprego. Até perguntei a senhora "Isto aplica-se a mim (que me estou a candidatar voluntariamente)?" Ela disse-me que sim. Ora então se eu ficar sentada o dia todo na cama continuo inscrita no centro de emprego mas se por acaso me quiser candidatar, além de ter que fazer o trabalho todo, depois por causa de um papel posso perder a inscrição. Realmente parece-me muito estranho e digo-vos que a vontade que tenho de me candidatar novamente a outros anúncios pelo centro de emprego é ZERO. 

domingo, 25 de janeiro de 2015

ah que saudades ..... ou não

Andava eu no primeiro ano de licenciatura e vi-me um bocado aflita com uma disciplina. Pois que basicamente eu não percebia nada daquilo, desesperada por soluções resolvi gravar-me a ler os diapositivos. Achei que se ouvisse aquilo vezes o suficiente eventualmente iria ficar na cabeça. Gravar aquilo foi uma comédia mais de 2h30 de gravação divididas por 3 ficheiros porque não consegui fazer aquilo de uma vez só. Hoje estava a ouvir música aleatoriamente e lá apareceu um dos ficheiros gravados. Eu a falar, um gato a miar e eu a tentar conter o riso. Hoje ouvi e ri-me novamente.


p.s: Só fiz a disciplina no terceiro ano por isso acho que a técnica não resultou muito. 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Avós criados trabalhos dobrados

Uma das coisas que me preocupa atualmente são os meus avós maternos. A minha avó foi educada para ser aquele tipo de mulher que faz o que o homem diz e não tem opinião. O meu avô já tem mais de 80 anos e apesar de estar muito bem para a idade dele só faz disparates. Compra toda a porcaria que aparece na televisão e até aqui não me chateia muito porque o dinheiro é dele, ele faz com ele o que bem entender. Ás vezes queixa-se que aquilo não funciona ou não faz nada mas é uma coisa simples de resolver manda-se para o lixo e por norma se ele não gosta não compra mais. Agora com a volta das vendas porta a porta é que tem preocupado bastante. O meu avô compra tudo, mesmo tudo e se quando são coisas materiais nós (eu e o meus pais) não nos preocupamos muito, já quando se trata de serviços é uma confusão do caraças. Os meus avós vivem em Lisboa e devem ter o perfil ideal para qualquer vendedor. Vejam bem que homem gosta tanto de comprar que já tinha dois contratos de luz e gás e um deles nem se lembra de o ter assinado. Isto é uma confusão, nós estamos longe e apesar da minha mãe lá ir todas as semanas não conseguimos "fiscalizar" tudo o que ele faz. Agora digam o que devemos fazer? Já lhe disse para não abrir a porta a desconhecidos, já lhe disse para não assinar nada mas ele não liga. Já pensamos em lá por uma pessoa mas a fazer o quê? Como é que explicamos que estamos a por uma pessoa só para garantir que eles não fazem disparates é que mesmo que sugeríssemos alguém para fazer a lida da casa iriam ficar ofendidos. Não querem vir para cá morar, aliás cada vez vêm cá menos vezes. O resto da família não quer saber. A minha mãe não pode lá estar 24h por dia e eu que sou a que neste momento tem mais tempo disponível tenho a minha vida cá. Vou lá com mais frequência mas se aquilo que digo ao meu avô entra a 100 e sai a 200 só faz com que me enerve porque ele não quer ouvir, não faz o que a gente diz, a minha avó está ali de corpo presente e depois eu é que tenho que resolver os problemas. Digam-me o que é que eu faço?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Pagar para trabalhar

Quando enviei um documento para a conferência sabia que se fosse aceite teria de pagar e não pensei duas vezes em tentar a minha sorte. Quando recebi o mail de confirmação de aceitação para comunicação oral toda eu era felicidade. Quando o meu pai disse a minha mãe "Olha a Sra. Engenheira vai a uma conferência" a primeira coisa que a minha mãe me perguntou foi "Então e vão-te pagar??" disse-lhe que não alías eu é que tinha que pagar a inscrição, o transporte e o alojamento (aproximadamente 200€) se necessário. Ela argumentou "Então porque vais? Tens o trabalho e ainda tens de pagar?"

Quando me falaram das conferências percebi logo que se pagava, às vezes muito, e encaixei essa informação sem grandes problemas. Agora quando a minha mãe levantou a questão fiquei um pouco perdida. É verdade que eu é que vou trabalhar e percebendo que sou um formiga no meio de gente importante não faria sentido receber um "caché" pela minha participação mas não sei até que ponto faz sentido ter tantos custos. É verdade que a inscrição dá-me direito aos materiais da conferência, almoços e coffe breacks mas pensando bem no assunto estas coisas deveriam ser oferecidas aos oradores? já basta pagar o transporte e o alojamento. O meu pai diz que é currículo e que vou fazer contactos importantes. Eu já tinha pensado nisso que efetivamente seria bom a nível de contactos e sinceramente fiquei tão contente de o primeiro documento que envio para alguma coisa ser aceite para comunicação oral que não me passou pela cabeça recusar esta oportunidade. Vocês pagariam ou desistiam?

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Infelizmente feliz

Ontem à noite quando cheguei a casa dei conta de uma mensagem de um dos meus melhores amigos. Uma mensagem linda que dizia uma coisa horrível. Anunciava a morte do pai dele. Li a mensagem mais 20 vezes a pensar no que responder. Todas as minhas palavras foram pensadas e repensadas. O que se diz a alguém que perde o pai? O meu coração ficou apertadinho por saber a dor de um amigo.

Hoje de manhã tinha no mail uma boa noticia. Um abstrat que fiz,sobre a minha tese, para uma conferência foi aceite para comunicação oral. A primeira vez que submeto um documento ele é aceite, sem comentários de revisão para uma comunicação oral. Fiquei verdadeiramente feliz.

Mas como posso estar feliz a saber que um grande amigo está a passar por um dos piores momentos da vida dele?

Bem é complicado, sinto-me feliz pelo meu trabalho, sinto-me orgulhosa da minha conquista mas sinto-me triste pelo meu amigo, sinto-me perdida no que dizer e no que fazer só quero que ele esteja o mais tranquilo e confortável possível. Sinto um bocado de culpa de estar feliz.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Vamos lá ver se a gente se entende

Ontem fui ao centro de emprego saber de formações, recuso-me a fazer mais formações a pagar do meu bolso. Quando fui atendida a senhora disse-me com um ar muito arrogante "Então milka, você com um mestrado o que acha que nós lhe podemos ensinar??"

Vamos lá ver uma coisa, eu tenho UM mestrado não tenho 30 e mesmo que se tivesse 30 ainda existiriam milhões de coisas para eu aprender. Faz-me imensa confusão que as pessoas achem que só porque eu tenho um mestrado já não tenho mais nada para aprender. Disse-lhe para me mostrar as formações que tinha e digo-vos que de todas elas a única que eu tenho alguns conhecimentos era a de inglês de resto nada.

E agora vamos lá ver outra coisa lá porque eu tenho um mestrado em X não significa que eu não tenha capacidades de fazer Y. Bem lixada estou se só poder fazer coisas no ramo do mestrado. É que dá-me a parecer que quanto mais a pessoa se especializa menos oportunidades de trabalho tem. Então se eu tenho um mestrado, por exemplo em psicologia, acho que tenho competências para ser secretária ou ajudante de cozinha ou auxiliar educativa. Existem imensas coisas para quais acho que tenho habilitações. Se pedem no mínimo o 9º ano e eu tenho o mestrado quer dizer que também tenho o 9º né.

Espero que estejamos entendidos

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Pensamento positivo em relação ao frio

Caso não tenham reparado, tem estado um frio do catano. Eu decidida a ter apenas pensamentos positivos e estando eu a sofrer com o frio, pus me a pensar. Se tenho frio, tremo (e bastante). Se tremo, os músculos contraem-se. Se os músculos contraem estou a fazer exercício. Logo se está frio estou a fazer exercício.

E digo-vos que quando está mais frio fico com dor nos abdominais de tanto tremer.

domingo, 11 de janeiro de 2015

5 anos de blogue

Decidi criar um blog porque sempre gostei de escrever e comecei a sentir necessidade de feedback. Não tinha grandes expectativas mas este mundo surpreendeu-me. Acho que um dos primeiros blogues que segui foi o da Belota com as peripécias e conselhos para os homens depois ela encontrou o amor e desapareceu um pouco daqui. Outro que comecei a seguir logo foi a Cueca e acompanhei o seu casamento e os desafios das 6as feiras. A como sempre em apuros que comecei a segui-la na altura dos preparativos do casamento e acompanhei a sua gravidez, hoje ela está só para alguns e já não sei nada dela. Depois veio a Palmier com os seus textos cómicos e sátiras sobre o mundo dos blogues, na maior parte das vezes não sei de quem ela está a falar. Claro que não me posso esquecer do excelentíssimo Tio Pipoco uma das mais altas referências neste mundo dos blogues. Eu muito abaixo do seu nível limito-me a lê-lo não me parece que tenha nível para mais. Depois temos a Jovem Sonhadora  com alguns pontos em comum comigo, entrou para um estágio profissional um mês antes de eu entrar no meu. Infelizmente não teve a mesma sorte que eu e desde aí desapareceu um pouco deste mundo. Mais recentemente apareceu a D. que caiu de para-quedas aqui no meu blogue e por razões inexplicáveis continuou a vir. Estes 5 anos foram muito surpreendentes, já me fascinei muito com este mundo, cresci muito aqui. Ajudou-me a escrever melhor, se forem ler os primeiros textos irão certamente ver a diferença. Fez-me ver que eu não sou assim tão diferente e que há mais iguais a mim e mesmo que fosse diferente não fazia mal porque afinal todos iguais era aborrecido. Considero-me um verdadeiro desastre neste mundo, ao fim de 5 anos conquistei apenas 8 seguidores e a média das visualizações é entre 6/10 diárias mas a verdade é que gosto assim também não me esforço para mais. Quero agradecer a todos (desculpem os que não mencionei) por tudo aquilo que me apresentaram e que venham mais 5. 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Murro no peito

Depois de um susto que foi altamente exponenciado pelos meus maus pensamentos soube ontem que uma pessoa, que é recente na minha vida mas, que me tem dado imenso carinho e força tem cancro de mama. Hoje estive com ela e apesar de saber que é um poço de força, digo-vos que fiquei profundamente desiludida com os meus maus pensamentos. Ela estava a falar das 3 biopsias que fez ontem, de como foi todo o processo (3 semanas por isso muito rápido) desde que o descobriu até estar praticamente pronta para fazer quimioterapia, ela estava a falar de todo um processo horrível de carradas de exames como se estivesse a falar de uma unha encravada. Só me dizia "Olha Milka isto apareceu à minha porta e eu não o posso entregar a ninguém. Os meus filhos precisam de comer por isso tenho continuar a viver" e uma frase que me ficou "Se isto se alimenta de tristeza e de maus pensamentos, não sou eu que lhe vou dar de comer." Passou a tarde a receber telefonas de familiares sempre que desligava dizia "olha-me isto, quer dizer que é que estou doente e eu é que tenho que dar força às pessoas. Em vez de me animarem tão com aquela voz de enterro só a dizer coitadinha".

Eu já sabia que a força do pensamento muda muito à nossa vida, vi isso na minha. Mas fico completamente embasbacada como é que alguém consegue estar "tão" bem ao saber que tem cancro da mama. É aparência dizem vocês. Até pode ser mas se fosse eu iria aparentar uma mulher destruída. Ela disse mesmo que "é claro que é horrível, é claro que já me fartei de chorar, é claro que pensas nas coisas que podem acontecer e na volta tão brusca que a tua vida deu mas isso adianta-me de quê? eu tenho é que pensar em ficar boa, em fazer tudo o possível para melhorar, ficar a chorar no que já aconteceu não vai mudar nada."

A mim resta-me desejar-lhe imensa sorte e retirar disto tudo uma enorme lição de força.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

De máquinas a sucata

Pai comprou uma nova máquina de lavar roupa, ontem quando vieram cá entrega-la o Sr. perguntou-me se a velha estava avariada e eu disse que não apenas já era muito velha e que demorava imenso a meter água. Quando levavam a velha embora eu disse-lhes para aproveitarem as peças. É então que o Sr. me diz:" Senhora, isto chega lá e metem numa prensa e é vendido depois ao peso, isto para eles é sucata." Eu fiquei muito surpreendida pensei que rendesse mais eles venderam as peças em vez de ao peso e acho que em termos ambientais  faz muito mais sentido que se aproveite as coisas mesmo que não na sua totalidade do que simplesmente deitar fora. O Sr. disse-me então:" Se quiser eu deixo nos bombeiros, eles lá dão a quem precisa e se não funcionar aproveitam as peças mas neste caso a senhora tem que dizer que não levamos a máquina". Isto significa uma coisa muito simples a empresa não aproveita mas também não permite que eles a transportem para alguém que a possa aproveitar. Eu, bem eu assinei que eles não levaram a máquina e acreditei no Sr. que me disse que a levaria para os bombeiros. 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Sou capaz de ter um problema

Cada vez mais noto que as pessoas à minha volta falam, muitas vezes indirectamente, sobre sexo. Eu não acho mal falar-se nisso mas ou falam a sério ou não falam. Agora aquelas indiretas do entra e saí e do húmido e não sei mais o quê, enjoam. Pelo menos a mim. Já me apercebi que as pessoas pensam imensas vezes em sexo e verbalizam isso as vezes de maneiras muito parvas (digo eu que as vezes demoro mais de 5 minutos para perceber que o trocadinho tem a ver com sexo). Eu se pensar em sexo uma vez por dia acho que é muito e às vezes penso porque alguém diz alguma frase parva tipo " quem quer peixe, peixe acha". Posto isto resta-me pensar que esta gente tem mau sexo ou que eu tenho um problema.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

2014 foi assim

Fui ver o que pedi como já faz parte da tradição.

Voltei ao ginásio; tive 16 no mestrado (deixo para vocês o julgamento se é boa nota ou não); fiz um bom trabalho de dissertação (e isto não está aberto a julgamento); não viajei (outra vez); não arranjei trabalho depois do estágio; tornei-me voluntária; fui mais positiva e confiante; saúde ok; infelizmente morreu a  Diana e um cão que tinha com o meu namorado; as coisas com o namorado tiveram fases; não me diverti muito; sobrevivi. Ou seja de 12 não se realizaram 3 e 1/2 (porque não me diverti muito), acho que não é nada mau.

2014 foi um ano que me fartei de trabalhar, mesmo estando desempregada fartei-me mesmo de trabalhar. Se não era no estágio, era no mestrado. Se não era no mestrado era nos outros 4 cursos que fiz (estou a fazer 2). Se não era nos 4 cursos era em casa ou no voluntariado. Basicamente não parei e ADOREI. Adoro sentir-me útil, é verdade que houve alturas que estava completamente stressada e subterrada de informação mas foi um ano de muita aprendizagem. Talvez por isso sinta que foi um dos anos que passou mais rápido. Em termos de emoções foi um ano calmo não houve grandes tristezas nem grandes alegrias. Foi definitivamente o ano (até agora) que mais pessoas me elogiaram e também um ano de muita aparição pública desde espectáculos de dança até discursos em seminários. Foi um ano que me desafiei muito, que fiz coisas que jamais achei que iria conseguir fazer e por isso estou muito orgulhosa.