domingo, 31 de janeiro de 2016

Consideração

Sábado, 8h30 estou deitada mas acordada. Estou cansada mas não consigo dormir por causa do barulho que a minha mãe faz. Vai buscar o aspirador e a minha avó diz :"A menina ainda está a dormir é melhor não ligar já". A minha mãe reponde: "bahh...são quase 9h já é mais que horas de ela se levantar"


Depois ainda me perguntam porque quero sair de casa...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Só para dizer que o cão da minha avó toma comprimidos para os nervos.......


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Sair de casa...#4

Hoje (25/01) fui ver 3 casas, tinha planeado ver uma (que era a pior) e vi 3. Fui com o meu namorado e como eu esperava a senhora da imobiliária assumiu que a casa seria para os dois. Nós deixamos que ela pensasse assim, apesar de não ser verdade. Das casas que vi, gostei muito de uma e o preço comparando com as outras e com o que tinha visto na net não era nada de extraordinário mas a senhora deu a entender que a casa ia fugir e que nos tínhamos que a agarrar o que me fez sentir pressionada, o que não gostei. Fiquei a saber que o prazo mínimo dos contratos é um ano, esta informação fez-me repensar as coisas. Num ano muita coisa pode mudar e eu nem sei se gosto de viver sozinha por isso fiquei mais apreensiva e mais decidida de fazer as coisas com calma. Ao longo da tarde como todas as novas informações, a minha ideia foi-se aperfeiçoando e só com mais informação é que poderei escolher de consciência tranquila. Passei de procurar em 4 freguesias para apenas 2, já sei que não quero comprar e decididamente tenho que ver as casas pessoalmente, não sei como tiram as fotos ou se fazem fotoshop mas que aquilo que está nas fotografias é muito diferente da realidade aí isso é.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Sair de casa...#3

A conversa com os meus pais não podia ter corrido melhor. Eles fizeram as perguntas que achei que fariam mas perceberam, apoiaram e até querem dar um passo maior que eu e estão a sugerir-me comprar uma casa. Já com o meu namorado a coisa é diferente o rapaz apoia mas sente ali uma pressão que o está a incomodar. Não lhe pedi, nem insinuei que ele deveria ir comigo mas percebo que ele se sinta pressionado. As pessoas vão querer perceber porque vou viver sozinha e nem eu nem ele vamos saber responder e isso vai ser desconfortável. Volta e meia quando falamos nisso ele vai revelando o que sente tendo sempre o cuidado de mostrar que me apoia. Eu sei que ele me apoia, também sei que vai ser difícil explicar as pessoas porque vou morar sozinha quando namoro à mais de 5 anos e sei que isso também vai ser desconfortável para mim, também tenho medo de como esta mudança pode afetar a nossa relação mas sinto que está na altura de perceber isso mesmo.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Lá em cima de onde te encontras

Ser feliz é uma coisa simples mas a felicidade é difícil porque somos felizes de maneiras diferentes e o que faz feliz a um pode não fazer a outro. Por isso é que felicidade é complicada porque não conseguimos entender a felicidade dos outros. Raios me partam mas a felicidade não pode ser pisar em cima dos outros para chegar lá acima, não pode. Uma pessoa por mais inteligente/perfeita/poderosa/rica que seja não pode achar que é mais que outros. Uma pessoa que já está lá em cima não precisa de se por em bicos de pés, não precisa. Já é vista, já toda a gente sabe que é a maior, ninguém põe em causa o valor da pessoa para quê, para quê espezinhar os outros?? Qual é o prazer de ver alguém humilhado e a sentir-se mal por mesquinhices que não interessam a ninguém. Pensava eu que a adolescência era onde estas coisas aconteciam, porque ainda não éramos maduros e agimos todos como uns parvinhos. Afinal crescemos, somos todos "maduros" e a coisa consegue ser pior.

P.S:Na escola ainda conseguia passar por despercebida...no trabalho é mais complicado

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Sair de casa... #2

Nunca vivi fora de casa, sempre vivi com os meus pais até na faculdade ia e vinha todos os dias. Estou determinada a sair mas vou morar sozinha e isto levanta uma série de questões. Apesar de saber as coisas básicas de gestão de uma casa existe imensas que me passam completamente ao lado. Nunca paguei uma conta da água ou da luz. Além disso, tenho noção que não deve ser fácil viver sozinho ainda por cima alguém que não passou pelo desafio de viver fora durante a faculdade. Pergunto a mim própria se serei capaz, se conseguirei dormir nas noites de tempestade sabendo que estou sozinha e se me sentir mal, ou quando não me apetecer comer e não ter ninguém para insistir. Será que não vou sentir ainda mais sozinha. Tenciono sair bem com os meus pais, ainda não falei com eles sobre isso mas espero que eles compreendam e aceitem a minha decisão e me ajudem, se não me apoiarem vou ter de me aguentar a bronca. Mas agora preciso de concelhos práticos, o que devo procurar e perguntar ao alugar uma casa? Quais os truques que ajudam a fazer o negócio? Quais os defeitos mais comuns que eles tentam esconder? O que devo ter para sobreviver à primeira semana sem pedir ajuda? 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Ser uma nulidade tem muito que se lhe diga

Eu sou burra, farto-me de dizer isso e na minha burrice achava que isso bastava para ser mau mas não. Afinal uma pessoa burra pode ter outras valências. Percebi que era mais que burra e por isso tive que arranjar um nome, o mais adequado pareceu-me nulidade. Então vamos a ver: sou uma filha egoísta, uma namorada insegura e sem iniciativa, uma mulher com complexos e uma trabalhadora incapaz a somar a isto não tenho nenhum talento especial e tenho problemas de sociabilidade e de me fazer ouvir. Dificilmente faço amigos e geralmente estou sozinha porque existe sempre algo mais interessante que eu.
No meio disto tudo choca-me como:
tenho um mestrado só mostra o degredo do sistema educacional.
tenho um namorado, ou o rapaz tem graves problemas ou .....só me ocorre que ele tenha graves problemas.
tenho um trabalho, em relação a isto só me dá vontade de rir. Tanta pessoa desempregada com valor e eu num trabalho fixe que faço mal.


O mais interessante nesta queda é que não está a ser de repente como as outras está a ser em câmara lenta. Dando me tempo para perceber que sim estou a cair e ficar naquela então mas é suposto fazer o quê agora? seguro-me onde? onde é que isto pára?

domingo, 17 de janeiro de 2016

Sair de casa...#1

Lembro-me perfeitamente de estar sentada numa aula de português do 9º ano e dizer a minha melhor amiga da altura, sentada na mesma mesa que eu, "aos 18 vou sair de casa". Tenho 26 e ainda moro com os meus pais. Aos 18 lembrava-me do que tinha dito mas não trabalhava e as coisas em casa já não corriam tão mal e por isso fui deixando passar.

Entretanto arranjei namorado e com o avançar da relação fomos falando sobre morar juntos, portanto para mim era lógico que saísse de casa para morar com ele. Só que não trabalhávamos os dois e a coisa foi-se arrastando.

Só comecei a trabalhar a sério com 24 anos e foi quando pensei novamente em sair de casa, não aconteceu porque era um estágio profissional de um ano, percebi cedo que não iria ser prolongado e era perto de casa por isso achei melhor poupar o dinheiro daquele ano para mais tarde. 

Durante este tempo apercebo-me que namorado não vai sair de casa. Foi difícil, aliás ainda é difícil perceber como as coisas resultaram assim. Tentei equacionar viver com ele e os pais dele e apesar de adorar os meus sogros e não ter a mínima razão de queixa, não consigo. Acho e acredito no fundinho do meu coração que um casal precisa da sua privacidade mesmo que seja por pouco tempo. Acho que pensamos em tudo incluindo comprar uma caravana e por no terreno dele assim vivíamos sozinhos mas junto dos pais dele (ideia que não pareceu ter muita viabilidade). 

Aos 25 arranjo outro trabalho, um trabalho que cedo me pareceu mais seguro. Fiquei logo em pulgas para sair de casa, até tendo em conta que o trabalho é em Lisboa pensei que rapidamente voltava para lá e deixava o rapaz. O coração falou mais alto e continuo a morar no fim do mundo e a fazer 200 km todos os dias sem refilar o cansaço que dá. Continuava a querer sair de casa mas não indo viver para Lisboa não me parecia fazer sentido ir morar sozinha para um sitio perto do fim do mundo. Foi também aos 25 que coloco a mim mesma uma meta, na verdade coloquei-a ao namorado "tens dois anos para irmos morar juntos", ele ficou descansado tinha 2 anos para resolver o problema,  eu fiquei determinada a terminar com ele se isso não acontecesse. 

Já com 26, o meu avô tem um AVC e toda a família enlouquece, rapidamente fico fartinha de todo e de todos e com vontade de fugir. Fico determinadíssima a sair de casa nem que seja para o fundo da rua, falo com o namorado e o rapaz começa a sentir-se entre a espada e a parede. Os dois anos que tinha para resolver o problema de repente transformaram-se em 4 meses. Em maio faço 27 anos nunca estive tão determinada para sair de casa, já não penso em terminar a relação se não for viver com o meu namorado depois disto tudo consegui perceber, respeitar e aceitar os motivos dele mas se me perguntarem como vai ser, eu não vos sei responder. 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Resumo 2015

Segue o resumo de 2016

Março- Apresentação de um short paper numa conferência
Abril- Comecei a trabalhar em Lisboa; Junior Morreu
Junho-Fui ao meu 1º casamento como adulta
Julho- 5 anos de namoro
Agosto- Avó paterna descobre que tem cancro de mama
Outubro- Avô  materno teve um AVC
Dezembro- fim da pós graduação

todo o ano-Muito trabalho.

Neste ano que passou também fiz um desafio a mim própria, achava que tinha demasiada roupa no armário por isso propus-me não comprar nem roupa nem sapatos durante um ano. E digo-vos que a coisa correu muito bem, comprei apenas umas calças de fato de treino quando um dia cheguei ao ginásio e vi que me tinha esquecido. Não comprei mais nada e não senti falta, é verdade que não ser grande frequentadora de centros comerciais ajudou e estar sem tempo para nada também. Confesso que em meados de Outobro comecei a sentir falta de comprar e comecei a achar que a coisa ia correr mal, que chegava a Janeiro e ia gastar uma fortuna em roupa. Eu que sou uma esquisita em roupa comecei a achar todo giro mas estava determinada e só faltava um bocadinho. Este ano de 2016 já fui a um centro comercial e não comprei nada, aliás nos últimos tempos tenho pensado se não mantenho o desafio mas acho que dois anos seguidos sem comprar roupa ou sapatos é difícil principalmente porque com este ano sem comprar roupa o meu armário sofreu uma grande limpeza que era esse mesmo o objectivo.

Não foi um ano com dias muito tristes nem dias muito felizes, ou seja não foi um ano de extremos tve dias maus e dias bons mas nada que tenha ficado marcado.  

sábado, 2 de janeiro de 2016

De 2015 para 2016

Isto foi o que pedi para 2015.
  1. Quero saúde para toda a gente que eu não sou invejosa, não podendo calhar a todos quero de preferência para os que conheço os outros que me desculpem. Não calhou a quem conheço, não calhou aos meus avôs mesmo assim não me queixo
  2. Arranjar trabalho, só este mês já gastei um salário e não tenho nenhum por isso e para realização profissional um trabalhinho dava jeito. Arranjei um trabalho que gosto :)
  3. Viajar. Todos os anos desejo viajar e a coisa não tem sido fácil, eu sozinha acho que não tem piada e o pessoal que conheço tem menos capital que eu para fazer essas aventuras. Vamos ver se é para 2015. Pois que novamente não
  4. Fazer mais exercício. Adoro fazer exercício e apesar de estar relativamente satisfeita com o meu corpo queria ganhar mais resistência. Fiz mais exercício, não foi muito mas fiz
  5. Cuidar mais de mim. Uma pessoa já começa a ter idade de ter juízo e cuidar de nós faz muito bem. Cuidei sim e senti-me bem com isso
  6. Sair de casa dos pais. Pois este objetivo está dependente do 2º mas acho mesmo que está na altura de deixar o ninho. Não saí mas pensei seriamente nisso e percebi que tenho todos contra mim. 
  7. Divertir-me. O que é vida sem divertimento, espero divertir-me muito em 2015. Teve dias
  8. Publicar um artigo. Já que deu tanto trabalho fazer a tese e que ficou uma coisa tão linda (olha para mim toda babada), gostava muito de conseguir publicar um artigo sobre a mesma. Não sucedeu, comecei a trabalhar e fiquei inundada de coisas para fazer e esta ficou para trás mas não me esqueço.
  9. Terminar todos os cursos em que me enfiei. Houve ali uma semana que estive a fazer 4 cursos ao mesmo tempo agora são 2 e sinceramente não pretendo levar nenhum para 2016 por isso tenho que termina-los todos em 2015. Ao que parece sim, viva o descanso com isto tudo estou pronta para voltar à primária porque já não sei nada. 
  10. Continuar o voluntariado. 2014 foi o ano que comecei mais a sério no voluntariado não é tão fácil e tão simples como parece mas acho que se aprende muito. Continuei até ter trabalho depois foi outra das coisas que ficou para trás. 
  11. Namorar muito, acho que dispensa justificações. Foi um ano difícil, tivemos muitos baixos mais do que altos mas nos altos namoramos bastante. 
  12. Sobreviver (sempre o meu último desejo). Hoje é dia 2 e ainda cá estou
Isto é o que desejo para 2016
  1. Quero saúde para toda a gente que eu não sou invejosa, não podendo calhar a todos quero de preferência para os que conheço os outros que me desculpem.
  2. Viajar. Todos os anos desejo viajar e a coisa não tem sido fácil, eu sozinha acho que não tem piada e o pessoal que conheço tem menos capital que eu para fazer essas aventuras. Vamos ver se é para 2016
  3. Cuidar ainda mais de mim. 
  4. Sair de casa dos pais. Pois este objetivo está dificil mas só tenho que fazer as coisas com calma
  5. Divertir-me. O que é vida sem divertimento, espero divertir-me muito em 2016
  6. Publicar um artigo. Porque não me esqueço.
  7. Continuar o voluntariado. Gostei e quero continuar a fazer mais.
  8. Socializar mais e não deixar passar os encontros prometidos entre amigos.
  9. Dizer que não quando não quero e não deixar de fazer uma coisa quando quero. 
  10. Ser menos negativa em relação aos outros mas principalmente em relação a mim.
  11. Ser feliz
  12. Sobreviver (sempre o meu último desejo)
Bom Ano para todos.