sexta-feira, 22 de abril de 2016

Ser melhor...sempre

Ontem a minha chefe deu-me um raspanete porque eu não fiz uma coisa que eu não sabia que tinha de fazer. Ao que parece estava subentendido. Eu fiquei ligeiramente triste porque por mais que tente parece que estou sempre a fazer alguma coisa mal. Passei o dia a sentir-me mal e a menosprezar-me e a deitar-me para baixo. À noite em conversa com o namorado ele dizia "por melhor que tu faças...para eles nunca será suficiente". Eu fiquei a matutar na coisa e realmente vi que o rapaz tinha razão, tenho perfeita consciência que não sou a mais esforçada nem a mais trabalhadora e essa pessoa que eu acho ser a mais inteligente, mais esforçada e mais trabalhadora até a ela dizem que devia fazer melhor quanto mais a mim. Para eles o melhor será sempre mais, mais e mais..

Posso dizer-vos já que eu tentarei sempre melhorar mas que não vou deixar de ter uma vida para vos agradar

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Vá se lá entender..

Queria marcar uns exames...ligo para a clínica ninguém atende. Como estou a trabalhar e tenho mais que fazer que ligar de hora a hora envio um mail para a mesma clínica a pedir marcação. O tempo passa e decido ligar novamente, queria marcar para dia 18 que tirei o dia. A senhora diz que dia 18 já não tem só para dia 20 ou 21, agradeço mas recuso. Passados 10 minutos recebo um mail, da dita clínica, a dizer que posso marcar para dia 18 às 10h.


Não percebi, ainda fui confirmar se tinha enviado mail e telefonado para o mesmo sitio. Como é que ao telefone não têm vagas mas 10 minutos depois já têm....ainda estou para ver chegar lá e não poder fazer o exame. 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

O Insistema Nacional de Saúde

Nunca foi muito fã do sistema nacional de saúde, a minha experiência lá não era boa mas sabia que não podia falar muito, era uma sortuda se fosse ao hospital uma vez por ano era muito. Desde que o meu avô ficou doente é que a coisa mudou e passei a estar em hospitais numa média de duas vez por mês. Passei também a conhecer melhor a realidade dos hospitais e como o avô já passou por alguns deu-me a possibilidade de comparar e perceber as fragilidades de cada um.

Muito sinceramente daquilo que vi até agora, 80% dos profissionais de saúde fazem o melhor que podem. Acho até que o pessoal auxiliar e de enfermagem faz muito mais que médicos que raramente os vejo. Até agora conheci profissionais excelentes, com uma paciência gigante e uma vontade enorme de fazer o melhor. Trabalham que se desunham, fazem turnos extras sem receber, correm de um lado para outro para chegar a todo lado, fazem o trabalho que ninguém quer fazer e por norma são eles que ouvem as queixas.

Em termos de instalações, existe diferenças entre hospitais mas qualquer um me pareceu muito mau na zona das urgências mas relativamente bom na zona da enfermaria. As salas de espera para a triagem são ridiculamente pequenas. Em termos de equipamentos, o que me deu a entender foi que muitas vezes eles não têm, ou seja têm poucos equipamentos e utensílios para a quantidade de pessoas que atendem (e isto vi também no privado).

Agora a pior parte realmente parece-me a gestão. Eu não faço ideia de como gerir um hospital, nem sei quem faz a gerência disso não sei se cada hospital tem uma gestão de base por parte do ministério e depois tem um gestor interno ou se cada hospital é gerido individualmente. Em todos os hospitais onde estive vi problemas de gestão. Então não é que se transfere um doente de um hospital para outro e não vai a informação do que fez, e que medicamentos tomou. O processo de um doente devia, na minha perspectiva, acompanhar o doente independentemente do hospital onde se encontra. Dão a entender que a família devia saber tudo o que o fazem ao paciente e que medicamentos ele toma, ora se querem assim então que haja alguém para informar a família. Quantas não foram as vezes que cheguei ao hospital e o meu avô não estava na cama porque foi fazer um exame ou algo assim. E em medicação, então isso seria de loucos acho que nem eles sabem bem o que dão quanto mais conseguirem dizer a família "olhe ele tomou 2 comprimidos para a tensão, 1 para a diabetes, ontem fez febre e tomou outro, amanhã tem que fazer um exame e por isso vai ter de tomar outro". Isto não cabe na cabeça de ninguém é que muitas vezes nem existem pessoas disponíveis para falar connosco no tempo da visita. Depois outro problema é que cada vez que conseguem falar com alguém é uma pessoa diferente que não sabe metade das coisas porque só lhe foi passado o processo hoje, anda o processo a passar de mãos em mãos sem ninguém perder muito tempo com aquilo.

Muito sinceramente surpreende-me não aparecer mais vezes nas noticias casos de pessoas que morreram por falta de atendimento ou por este ser inadequado. Toda esta situação é embaraçosa, temos os melhores profissionais de saúde, temos instalações razoáveis, temos gestores de topo, temos conhecimento, temos investigação e depois no dia-a-dia de uma urgência o que se vê em resultado disto é muito pouco. 

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Nova Casa, Novo animal

Quando decidi mudar-me sabia que não ia trazer nenhum animal comigo, não era justo para eles nem para os meus pais. Também não queria um animal que ficasse aqui sozinho mas sabia que seria difícil ficar sem animais. Por isso tinha que ser um animal pequeno, que desse pouco trabalho, ao qual eu não me apegasse muito e que pudesse estar sozinho durante muito tempo...pensei por isso num peixe.

No meio de uma conversa o meu namorado em jeito de desafio diz "porque não arranjas um "animal"? Pois que o animal que ele sugeriu é raro ser doméstico. Mas posemos-nos na conversa, "então mas dou-lhe o quê para comer? e como sei que está bem".... Vai nisto, decidi mesmo arranjar aquele animal. E vocês poderiam estar horas a tentar adivinhar, eu acho que até dava um presente a quem adivinha-se.. A minha mãe diz que sou tola, o meu namorado acho que nunca acreditou que eu ia com isto para a frente mas tem alinhado comigo na tolice e o animal coitado....bem esse, realmente ainda me estou a habituar e já li umas coisas para tratar dele da melhor maneira mas confesso que tem sido pouco interativo.














O animal que arranjei foi um......caracol

quarta-feira, 6 de abril de 2016

1 ano de trabalho

Hoje faz um ano que comecei a trabalhar. Parece que foi ontem e já passou um ano. Ainda hoje descobri uma coisa num programa no qual trabalho a um ano. Sei que ainda tenho muito, imenso para aprender mas sei que também já aprendi muito. O trabalho é muito e hoje nem houve tempo de comemorar estava inundada de trabalho até aos cabelos. Nisto tudo obviamente que me sinto feliz e sortuda com o trabalho que consegui e que mantenho.

Duvido muitas vezes se pertenço lá, as vezes saio frustrada, tenho sonhos e pesadelos com o que faço e com aquilo que tenho para fazer, já me senti muito mal lá ao ponto de chorar. Trocaram-me as voltas disseram que ia poder trabalhar em casa e tal nunca aconteceu, ocupei um lugar que não existia e sou uma espécie de estagiário que faz o trabalho chato que ninguém quer fazer e por isso sou a mais polivalente. Sou a peça central do puzzel onde todos se encaixam, tenho poucos "clientes" porque trabalho indirectamente com todos, vou desde a gestão do site à montagem de cadeiras passado pelo transporte e configuração de equipamentos.

A nível pessoal as coisas evoluíram mas mais devagar, mas já me protejo mais, questiono mais e não deixo que me pisem assim tão facilmente. Continuo a ser a mais desapegada do grupo muitas vezes vista como a miúda fofinha que anda por ali.

Ao fim de um ano posso dizer tranquila e de livre consciência que me sinto orgulhosa de mim mesma e que me sinto preparada para fazer mais e melhor..

domingo, 3 de abril de 2016

Boas Campainhas

Quando aluguei a casa apercebi-me de alguns problemas que não eram graves e a imobiliária disse que pediam a um senhor para vir arranjar e os custos ficavam a cargo dos proprietários. Até aqui tudo bem. Numa das vezes que o senhor (idade para ser meu avó) veio cá, reparou que a minha campainha não funcionava na perfeição. Eu nem tinha reparado e muito sinceramente era uma coisa praticamente insignificante. O senhor percebeu qual era o problema e vira-se para mim "tem vizinhos? é que se não tiver rouba-se a campainha." eu olhei para ele com ar surpreso e pensei "está a gozar comigo". O senhor continua "sabe, isto é só trocar a mola, se a do vizinho funcionar isto troca-se num instante. não custa nada mas ele não pode estar é em casa porque na troca a campainha pode tocar." Eu disse-lhe logo "não, não. deixe estar". 

Como é que alguém, trabalhe onde trabalhar sugere roubar uma peça ao vizinho? Como é que uma pessoa que trabalha ao serviço de uma imobiliária sugere roubar? Sou só eu que tenho a mania de ser boa menina e acho que estás coisas não se fazem?? Como é possível chegarmos a este ponto, por uma coisinha sem importância nenhuma e com um custo ridículo, vamos tirar ao vizinho só porque sim?? Ainda por cima um senhor mais velho que já se fartou de trabalhar...


O cúmulo disto é que eu nem gosto que me toquem a campainha porque faz imenso barulho e acho que não devo incomodar os vizinhos.