domingo, 28 de junho de 2015

Isto de realizar sonhos pode ser uma grande treta

Tinha o sonho (desejo, fetiche, vontade o que lhe queiram chamar) de me "perder" num campo de milho (coisa parva eu sei mas cada um com a sua pancada). Esta semana que passou "perdi-me" num campo de milho. Foi uma treta, as folhas do milho cortam sabiam? Eu não. Além disso as folhas do milho têm uma espécie de penugem que faz uma comichão do caraças, para não falar do efeito de estufa que aquilo tem lá dentro. E o micro espaço que aquilo tem para uma pessoa se mexer mas sim é possível uma pessoa perder-se lá dentro e quando lá estava tudo o que menos queria era perder-me. 

domingo, 21 de junho de 2015

Tão perto mas tão longe

A loucura dos dias tem sido enorme. Os dias passam por mim e só sinto o cansaço por eles acumulado. Não tenho tempo de pensar, sigo o plano exato dos dias porque a margem de manobra é muito pequena. Tenho milhões de assuntos para organizar mas sem cabeça para os aguentar. E depois, e depois vejo que apesar de estar nos sítios estou tão longe deles. Só hoje é que me apercebi que o Igor não gosta de tomar banho. E ele está cá já há 1ano e meio.


Sei lá eu o que me está a escapar mais mas de certeza muitas coisas, 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Habitua-se uma pessoa mal...

No trabalho temos dois monitores, o do pc e depois um maior que ligamos em conjunto e trabalhamos sempre com os dois. Dá um jeitaço do caraças, é espetacular. É tão bom que eu agora em casa tenho dificuldade em trabalhar só com um. Estou a pensar ligar a tv do quarto ( já que não vejo) ao pc e poder trabalhar em dois ecrãs. 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Estou na minha bolha

Já referi que vivi muito numa bolha. Com o passar dos anos, com a escola, trabalho e ter que trabalhar em equipa força-me a sair da minha bolha e nem tem corrido mal. Recentemente assisti a uma discussão horrível, não foi pessoas da minha família mas pessoas conhecidas. Eu odeio discussões, fazem-me sentir mal fisicamente mesmo que seja só a assistir quanto mais ser comigo. Naquele momento eu não podia sair do local e ver aquelas pessoas a gritarem uma com a outra estava a baralhar-me muito com o sistema. Já não é a primeira vez que me deparo com situações desconfortáveis e a maneira de me acalmar e tentar abstrair-me da situação que não é comigo é em pensamento começar a cantar "sou uma bolha, sou uma bolha, sou uma bolha, adoro a minha bolha" (um bocado como a Doris do Nemo). Sim eu sei que isto parece patético mas é o que me ajuda, pensar que estou sozinha e que não estou a ver nem a ouvir nada. 


ps. Discutir em público é feio e é uma falta de respeito para com as outras pessoas. Querem discutir metam-se num sitio sem assistência.

sábado, 6 de junho de 2015

Crónica de uma morte anunciada

Sempre soube que somos diferentes, sempre to disse. Tu escolhes-te não me ouvir. Sempre soube que temos maneiras diferentes de ver e viver a vida, também te disse. Sempre achei que um dia íamos chegar a um impasse difícil de resolver, disseste para aproveitar enquanto era feliz e não pensar no futuro e assim o fiz. Aceitei a condição de que somos diferentes, aceitei-te como és e não te quero mudar porque gosto de ti assim. Aceitei que um dia, num impasse, não nos iríamos entender mas decidi ser feliz ao teu lado até esse dia chegar. A verdade é que esse impasse mostra sinais de crescimento e tu agora preocupas-te com ele, porque percebes as implicações que tem. A verdade é que não aceitas as coisas como elas são e de repente sou eu a má da fita por algo que passei este tempo todo a dizer-te. Gosto muito de ti e o meu objetivo continua a ser ir desembaraçando o nó com a tua ajuda e arranjar uma solução que seja razoável para os dois. Faço os possíveis para que o dia do impasse demore muito a chegar....agora é esperar que faças por isso também.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Sensação de segurança

Todos temos medo do incerto, faz parte da raça humana. Gostamos de saber com o que contar, gostamos da segurança, de chegar a casa e saber quem lá está. Volta e meia precisamos de sentir aquela adrenalina, de dar o passo no escuro e perceber o que está para lá do desconhecido mas isto é só volta e meia. 90% das vezes queremos segurança e estabilidade. Esta sensação de segurança é tão viciante que por vezes refugiamos-nos nela, não damos o passo em frente porque afinal até estamos bem onde estamos, não procuramos a adrenalina porque pode correr mal, não queremos saber do desconhecido. Basicamente acustomamos-nos aquilo que temos (e atenção que não quer dizer que seja mau) mas todos vamos abdicando de coisas ou porque não há dinheiro, ou porque não há tempo e principalmente porque temos medo da incerteza. Vemos-nos a "aceitar" algo que sabemos ser seguro do que arriscar. Isto vai das coisas mais pequenas (tipo experimentar um restaurante novo ou um novo corte de cabelo) até coisas mais importantes (como relacionamentos e opções de carreira). Isto não é fácil e todas as pessoas tem maneiras diferentes de lidar com as coisas, e por isso uma questão complicada. Onde ou como é que se estabelece um limite ao que abdicamos?? E depois se uma vez abdicamos de experimentar um restaurante novo temos que, a partir daí, abdicar sempre? E quando abdicamos de algo para outra pessoa não ter de abdicar?