quinta-feira, 31 de julho de 2014

Coisas do fim do mundo-1

Ir a conduzir e ver uma senhora, na beira da estrada, a depenar um pato a favor do vento. 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Saga da tese-17

Então Milka a tanto tempo que não dizes nada sobre a tese.

Bem então é assim, tenho estado tipo em banho-maria. Estou naquela fase em que aquilo que posso fazer, quando o orientador está a corrigir o texto, é tipo muito pouco mesmo muito pouco. E isto não tinha problema se o meu orientador não demora-se em média um mês para corrigir a tese. Ou seja tenho estado muito parada na tese. Na terça tinha uma reunião com o orientador, fiquei logo toda animada a pensar que era desta que íamos alinhar já os preparativos finais. Pois que cheguei a faculdade e fui informada que o meu orientador teve um problema de saúde e se encontra hospitalizado. Coitado não tem culpa mas agora vai ser impossível entregar a minha tese antes de setembro porque a faculdade fecha em Agosto, ou seja vou andar a remoer nisto mais uns tempos. Pelo menos agora não posso dar a desculpa que não tive tempo para fazer as coisas bem. 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Um inimigo chamado..

Agora que estou em casa, os dias que estou em casa, ganhei um inimigo. A cozinha mais particularmente o frigorífico que fica ali especado, misterioso quase a dizer vem cá ver o que eu tenho dentro. Engordo sempre nas férias por causa disto, um frigorífico à minha inteira disposição e a falta de melhor coisa para fazer uma pessoa come. Pior é que a minha cozinha não tem porta e por isso são muitos sítios da casa onde o vejo ali sereno como se não fosse nada com ele, muito senhor do seu nariz. É um malvado é o que vos digo. 

domingo, 27 de julho de 2014

O pior

de ser a mais alta e ficar atrás das outras meninas durante as atuações de dança.

É que vejo tão bem as asneiras que elas fazem.



Nota: Desta vez atuamos no cimento. Posso dizer que não é fantástico e que não dá dores mesmo nenhumas. 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Então achas-te a praia?

Achei, quer dizer a minha mãe andava a procura de um especifica que íamos lá há 10 anos atrás e como está tudo tão diferente não sei se era a mesma.

Então e o que fizeste na praia? Então primeiro demorei uma eternidade a chegar lá e depois duas eternidades a tentar perceber qual era A praia e depois, bem depois, enrolei-me na toalha e dormi é que estava uma ventania que não se podia.

Então e deste o primeiro mergulho do ano? Estava ventania.

Então e estives-te lá muito tempo? Irra!! que são chatos, já disse que estava ventania.

Tudo dito né. 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Amanhã

vou ter o meu primeiro dia de praia deste ano. Isto é, se a minha mãe souber o caminho. Estou inclinada a pensar que vou parar a Espanha mas sempre é uma coisa nova para ver. 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Os adultos não fazem birra

Bem eu não sei que adultos vocês conhecem mas os que eu conheço fazem birra, começando por mim. A birra é que é um pouco diferente, em principio, não nos sentamos no chão a esmurrar o ar e a gritar nem choramos até os pulmões nos saírem pela boca mas fazemos birra por coisas estúpidas também. Normalmente fazemos birra pela mesma razão que as crianças, alguém não nos dá algo que queremos. Uma das birras mais recorrentes do meu namorado é quando falo ao telemóvel estando com ele, sabe-se lá porque o rapaz odeia que eu fale ao telemóvel se estivermos juntos. Claro que há excepções mas na maioria das vezes atendo o telemóvel e olho para ele e vejo a birra. Aquele ar de "pará de fazer isso". Eu costumo fazer birra quando alguém não se lembra das coisas ou quando as coisas são da responsabilidade de outra pessoa mas sobra para mim. Não fazemos birra da mesma maneira, uns amuam outros respondem mal, outros optam pelo silêncio ou simplesmente vão embora. As birras podem não ser sempre iguais e nem sempre com a mesma intensidade mas a verdade é que os adultos também fazem muita birra.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

4 anos

Namorado e eu fazemos 4 anos de namoro. Não se preocupem que não vou ser muito lamechas.

A verdade é que não sei bem como é que eu e o S. estamos juntos há 4 anos. Somos muito diferentes, temos maneiras diferentes de ver e viver a vida. Não somos opostos, não somos almas gémeas e não somos parecidos. Ás vezes irrito-me por gostar tanto dele, reconheço-lhe os defeitos coisas que me irritam mesmo muito e mesmo assim continuo a gostar dele e isto irrita-me. Irrita-me que o meu coração perceba qualquer coisa que o meu cérebro não percebe. É muito difícil imaginar um futuro com alguém tão diferente de nós mas o que interessa é o presente, o que me interessa é ser feliz agora e sou muitas vezes. Já passamos por coisas muito difíceis, temos fases más e fases boas e também fases assim-assim. Em 4 anos eu sinto que já devíamos ter evoluído mais como casal mas também sei que isso não foi possível. Ás vezes sinto que o amo mais e outras sei que ele me ama mais, por isso está equilibrado. Temos crescido como seres individuais e o S. com quem namoro hoje é diferente do S. que namorei há 4 anos atrás, tal como eu sou uma Milka diferente. Fomos acompanhando o crescimento um do outro e fomos também crescendo juntos, eu mudei algumas coisas por influência dele e ele mudou algumas por melguice minha. Existe porém um (vá são mais mas este nota-se bem) ponto em comum, somos os dois teimosos como o caraças. Aliás eu acho que namoramos há 4 anos, contra todas as probabilidades, simplesmente porque andamos os dois a teimar com isto. Vamos continuar a teimar??



ps. post agendado que fui namorar

quarta-feira, 16 de julho de 2014

10 anos de fim do mundo

Está a fazer 10 anos que me mudei para o fim do mundo. Eu que morava para os lados da Amadora, vim parar a um sitio sem esgotos, sem transportes, sem cafés ou supermercados. Não me lembro quando é que os meus pais decidiram comprar uma casa ou terreno mas lembro de andar a ver casas e terrenos. Lembro-me de uma casa enorme, abandonada, vandalizada, lembro-me que tinha uns vitrais com cores e que estavam partidos. Lembro-me da casa pequenina a beira da estrada que tinha um terreno tão a pique mas tão a pique que me lembro perfeitamente de estar cá em cima a olhar durante uns valentes 15 minutos a pensar "como raio as pessoas vão lá para baixo?" a única conclusão que cheguei é que iam a rebolar ou a escorregar. Lembro-me a primeira vez que percorri aquele que agora é o terreno onde vivo, percorri-o de uma ponta a outra com a avó, com erva a dar-me pelo peito (e não sou baixinha) caí numa ribeira que passa lá na ponta porque simplesmente não via nada.  Lembro-me da visita ao arquitecto, caraças pai e mãe deviam ter pensado melhor no assunto chegaram lá a querer coisas diferentes. Mãe queria dois andares, com o portão ao meio do terreno, uma garagem para quatro carros (viva a fartura), o máximo possível em madeira. Pai queria um andar, longe da rua de entrada, garagem para dois carros. Acabou por ter um pouco dos dois. Lembro-me quando começaram as obras, 3 homens da mesma família o avó, o pai e o filho. Lembro-me de virmos cá todos os fins de semana ver o progredir das obras, lembro-me de dormir ao sol nas placas de esferovite. Lembro-me de pensar que o meu quarto parecia pequeno, embora que na planta fosse o maior (vantagens de ser filha única). Lembro-me que depois de construída o meu quarto era efectivamente grande. Lembro-me de passarmos cá uma noite sem quase mobília nenhuma em que dormimos em colchões de ar na sala. Lembro-me de quando fomos comprar mobília e eu consegui trazer uns assessórios de graça. Lembro-me de passar a vir cá todos os fins de semana, 5 pessoas e 1 cão e 1 gata num carro mínimo mais as tralhas que tinham que vir atrás. A roupa que vinha suja à sexta e ia lavada e passada ao domingo, as compras, as coisas que ficavam cá e se estragavam durante a semana, daquela vez que a Milka não apareceu e ficou cá uma semana sozinha. Lembro-me que quando estava quase a terminar o 9º num jantar a mãe perguntou-me se queria mudar-me para cá ou ficar lá e eu sem pestanejar respondi que queria mudar para cá. Lembro-me que no último dia de aulas passei a tarde a carregar coisas de casa para o carro. Lembro-me do meu primeiro verão aqui, tinha 15 anos uma idade complicada. Os meus problemas de socialização e o facto de vir de um sitio tão diferente não ajudaram a integração. Lembro-me de ser gozada e as pessoas meterem-se comigo. Lembro-me de chorar porque não conseguia fazer amigos. Lembro-me de começar a escola e conhecer pessoas de outras freguesias e começar a integrar-me. Lembro-me de continuar a ser gozada pelas pessoas aqui da freguesia, vinha com elas no autocarro. Lembro-me que depressa arranjei namorado e isso foi um escândalo (tenho eu culpa que as pessoas daqui sejam parvas e não arranjem namorado). Lembro-me de me achar super importante porque esta gente só fazia era falar de mim (não devem ter vida interessante, tem que falar dos outros). Lembro-me dos bons momentos do secundário e de como as pessoas daqui passaram a ser insignificantes. E depois o tempo foi passando, com coisas boas e más até hoje que já estou a concluir o mestrado, que já ganhei e perdi amigos, que ainda não fiz um único amigo nesta terra de fim de mundo, que arranjei namorado e que acima de tudo não me arrependo de ter vindo para aqui. 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A sério????

Desde que estou em casa que as coisas tendem a correr menos bem. Eu não sei se é tipo uma situação causa- efeito ou se é mesmo só uma onda de azar- Logo na primeira semana o meu pc teve que ser formatado (um dia sem ele) depois quando veio para casa não ligava a net (mais um dia para resolver o problema). tive que ir 3 vezes a loja.  Depois o meu telemóvel faleceu, toca de ir comprar outro (uma pessoa fica desempregada pensa logo é ir comprar coisas novas né?), quando cheguei a casa namorado não recebia as sms todas ainda andamos as voltas com isso, eu é que ainda não tive tempo nem paciência para ir a uma loja. Hoje, bem hoje recebi uma carta da segurança social a dizer que o pedido para o subsidio de desemprego foi indeferido. Amanha espera-me uma manhã na segurança social a tentar perceber por carga de água é que else não me querem pagar. Para não falar das visitas constantes ao veterinário. Hoje cheguei lá e o meu cão fez uma enorme cagadela, limpei aquilo com a toalha que levava com ele mas e o cheiro pessoas o cheiro não se limpa. Passei uma vergonha mas devo dizer que com tanta coisa já me passa um bocado ao lado. 

sábado, 12 de julho de 2014

Então já passou?

Passou um grande bocado da minha neura, estava em baixo um bocadinho deprimida novamente aquela miúda que pensa mal de si de 5 em 5 minutos. E depois fui a aula de dança e a professora fartou-se de me elogiar, o meu ego inflacionou-se um bocadinho e eu fiquei a sentir-me muito melhor. 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Estou com a Neura

Ou com os azeites, sei lá. Sei que não me apetece ver ninguém, sei que tenho raiva de meio mundo mas muito mais raiva de mim. Só me apetece estar em casa sem ninguém para me chatear sossegada com meus maus pensamentos e com as dores de cabeça que eles me dão. Será pedir muito??

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Ser desinteressante

Sempre achei que era desinteressante e cada vez mais tenho mais certeza disso. Não sou espectacular numa área em particular, existem milhões de assuntos que não me interessam e que não sei nada sobre eles e depois tenho a mania de menina bem comportada (que normalmente tira a piada toda), gosto de cumprir as regras (talvez demasiado), não fumo, não bebo, não digo asneiras, não me produzo em sobremaneira, não conduzo rápido, não falo com estranhos, não gozo com os outros, preocupo-me com o ambiente etc... Uma sonsa portanto, uma pessoa que não tem nada de interessante para dizer. Não tenho histórias não engraçadas de bebedeiras nem daquela vez que fugi de casa porque nunca aconteceu, além de ser imensamente desinteressante tenho um problema de comunicação enorme. Aborrecem-me as conversas de xaxa e depois não consigo rir-me quando as pessoas acham que estão a contar alguma coisa mesmo fixe, como daquela vez que teve tão bêbado e foi contra um poste. Eu também já fui contra um poste e não estava bêbada estava só distraída. A família é enorme com uma convivência invisível (falo apenas com os meus pais e avós), amigos conto-os pelos dedos e muitas vezes falo com eles de tempos a tempos e os conhecidos passam por mim na rua e fingem que não me vêm. Posto isto, basta-me aceitar que irei morrer sozinha. 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Sofrer sozinho não é igual a sofrer junto

Infelizmente o cão, que tinha com o meu namorado, morreu de doença. Quando o joe morreu foi uma coisa minha, um sofrimento meu que eu "decidia" como o vivia. Claro que o S. me apoiou e me ajudou mas quem determinava as coisas era eu porque o sofrimento era meu e não nosso como casal. Com este cão foi muito diferente, era um cão nosso e que apesar de viver na casa do meu namorado eu estava com ele quase todos os dias e contribuía para a sua vida de uma forma activa. Fomos nós que fomos com ele ao veterinário. Eu ainda no recobro do ano da morte do joe e depois mais uma morte, uma morte diferente. Infelizmente, o cão sofreu muito e o meu namorado assistiu a uma parte desse sofrimento e eu não. Foi um momento difícil para os dois, os dois nos sentimos culpados e os dois pensamos que íamos acabar, eu pensava que ele ia acabar comigo por não me apetecer levar o cão ao veterinário no sábado e ele pensou que eu ia acabar com ele porque agora já não tinha motivo para ir lá a casa. Não acabamos e a falar com ele é que percebi que também se sentia culpado. Foi difícil conjugar a nossa maneira de sofrer, somos diferentes e sofremos de maneira diferente e termos que sofrer juntos por algo nosso foi algo que tivemos de aprender a fazer em menos de um dia. Agora passado uma semana as coisas voltam a entrar na normalidade, não sei se sofremos juntos da forma correta (existe maneira correta de sofrer?) mas foi a maneira que arranjamos. Ambos sentimos uma perda, ambos sentimos culpa e ambos sentimos tristeza apenas não as evidenciamos da mesma maneira. 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Eu pensava

que tinha apenas (e já é mau o suficiente) ficado sem trabalho mas não, virei prisioneira. Agora tenho que me apresentar na junta de freguesia de 15 em 15 dias como os presos com identidade e residência que têm que se apresentar na PSP.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Culpa

Definição wikipédia- se refere à responsabilidade dada à pessoa por um ato que provocou prejuízo material, moral ou espiritual a si mesma ou a outrem. O processo de identificação e atribuição de culpa pode se dar no plano subjetivo, intersubjetivo e objetivo.

Definião dicionário- Acto repreensível ou criminoso; responsabilidade; desleixo; delito. 

Definição Milka Dreams- Sentimento dizimador de que fizemos asneira; sensação frustrante de querer voltar atrás no tempo; incapacidade de perdoar a nós próprios ou também asneira que atribuímos a outro só para não nos sentirmos tão mal. 

terça-feira, 1 de julho de 2014

365 dias a contar

Já na altura que estava a terminar a licenciatura disse ao meu namorado que se ficasse sem trabalho por mais de um ano que emigrava, falava muito a sério era quase uma promessa. Entrei para o mestrado e em menos de um ano arranjei trabalho sem estar a procura. A minha mãe sempre se mostrou preocupada com meu o futuro que nem eu nem ela vimos e sempre me incentivou para ir para fora que numa das últimas conversas sobre isso prometi-lhe que se estivesse um ano sem trabalho que ia para fora. Como já tinha dito a mim mesma e ao meu namorado. A mãe impus uma condição, tinha de ser um trabalho de acordo com a minha classificação, caixa de supermercado, telemarkting, trabalhar no campo, limpezas e afins não contam. Não quero dizer que estes trabalhos não sejam importantes e nem significa que não trabalhe neles mas a minha mãe quer que eu trabalhe em algo para que estudei (não posso dizer que seja injusto). Esse prazo começa hoje, a partir de hoje tenho um ano para encontrar um trabalho de acordo com as minhas competências académicas. Um ano é muito tempo mas passa muito rápido. Neste momento estou mais concentrada em acabar a tese e a fazer uma formação que me inscrevi e por isso a procura de trabalho tem sido muito "ao de leve" depois de entregar a tese vou concentrar-me mais em encontrar um trabalho e depois logo se vê o que o futuro me reserva.