Pois que eu como pessoa que gosta de estar preparada para as eventualidades, perguntei ao orientador o que acontecia se chumbasse na tese. Se por um lado a resposta não me surpreendeu por outro sim. ele disse: "olha milka em 1º lugar uma pessoa que chumba na tese nunca mais quer ouvir falar disto, não quer voltar a por cá os pés ou falar com estas pessoas" esta parte não me surpreendeu, não consigo imaginar uma pessoa a chumbar na tese deve ser uma humilhação tremenda. O resto que ele disse foi "a tese tem duas opções ou aprovado ou reprovado, se a pessoa é reprovado pronto acabou não fez o mestrado e não pode voltar a fazer". Esta foi a parte que me surpreendeu, aliás surpreendeu-me tanto que até fui a procura da legislação e naquilo que encontrei não fala do que acontece quando o aluno é reprovado. Quando chumbamos a uma disciplina podemos ir a exame. a recurso ou repetir a mesma ora isto não é válido para a tese, só tem aquela oportunidade para a fazerem (olha a pressão!!!) e se chumbarem não podem voltar a inscrever-se. Fiquei foi com a dúvida se a pessoa ficava pelo menos com a pós-graduação . Para me descansar ele disse "se a tua tese não estivesse boa eu não aprovava que fosse entregue" ( os orientadores têm de dar o parecer como aprovam a entrega da tese para apresentação, claro que o aluno pode passar por cima disto mas sem o apoio do orientador deve ser muito difícil passar)
Não sabia disso. Pensava que ficávamos sem o mestrado mas que poderíamos tornar a inscrever-nos.
ResponderEliminarEu já vi a apresentação de uma tese de mestrado que foi reprovada. Uns alunos do Brasil vieram à minha faculdade fazer a apresentação e defender a tese. Não sei se foi pela oportunidade de cá vir, ou se foi por achar que cá tínhamos menos exigências, a realidade é que ignorou o conselho da orientadora dele e veio apresentar e teve uma nota péssima.
Mas estava mesmo mal feita, aliás o próprio power point que tinha para apresentar a tese estava horrível, não conseguiu explicar o que fez, como fez, nada. Não conseguia defender, nem responder a questões que chegava a parecer que não conhecia o seu próprio trabalho... e não lhe deu nenhuma branca (nesse aspecto quem o estava a avaliar até lhe disse para ir lá fora acalmar-se e regressar que não havia problemas) o problema dele não eram os nervos era mesmo a falta de preparação - isto dito pelos colegas dele que lá estavam.
Mas o trabalho estava mesmo mal feito, o power point fazia lembrar aqueles dos miúdos do 6º ano [cheio, usou cor de texto preta com fundo extremamente escuro - não se conseguia ler, estava com informações erradas] e todo o seu trabalho estava muito mal preparado. Para além disso, o estudo em si não estava bem fundamentado, não tinha autores recentes, não tinha feito sequer o levantamento do estado d´arte...
Na altura sentimos um misto de vergonha alheia e de pena por ele ter reprovado é que a nota foi mesmo baixa - acho que foi um 5 ou 6.
Por outro lado, aquele tipo de apresentação mesmo num trabalho "normal" de avaliação contínua teria tido avaliação negativa. Os restantes que apresentaram passaram todos mas a sua preparação também era diferente.
Vais ver que vais passar ainda por cima se ele te diz que não te mandava avançar sem a certeza que passavas :D
Pois também pesava que nós podiamos voltar a inscrever mas tinha aquela dúvida qual parte é que tínhamos que repetir. Imagino que seja um processo legislativo muito complicado porque existe um lapso de informação sobre isso acho que é eles nem devem ter pensado muito nisso. É um risco muito grande ir a outro país apresentar um trabalho, para já as normas são diferentes e penso eu que devemos ser avaliados por quem nos ensinou, apesar do arguente ser de fora o presidente e vogais por norma são da instituição. Acho que um orientador também ter que ter atenção, afinal o seu nome também vai associado ao trabalho e por isso é que não devem dar o parecer se não acharem que passa.
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