quarta-feira, 29 de abril de 2015

Corte radical

O Igor (neste momento o meu único cão) foi à tosquia. O rapaz tem pêlo de ovelha e já estamos na altura da carraça. Levou um corte de máquina zero e ficou irreconhecível. Acho que se sentiu um pouco nu, quando chegou a casa estava a esconder-se de toda a gente como se tivesses vergonha e depois por azar têm estado frio então não pára de tremer. Para piorar um bocadinho mais as coisas, o luci (1 de 3 gatos) que era o melhor amigo dele não o reconhece então já não quer brincar com ele. O rapaz fica ali sozinho a tremer sem ninguém para brincar. Espero que venha o sol e que o luci se aperceba que é o mesmo cão.

domingo, 26 de abril de 2015

Junior

O junior foi certamente um dos piores cães que já conheci. O junior estava doente e depois de uma recuperação quase milagrosa voltou a piorar e desta vez não aguentou. Morreu na sexta depois de uma trombose. O junior não era um cão fácil e sei muito bem que teve imensa sorte nos donos, tenho plena consciência que noutra família já teria sido abandonado ou abatido. Levei imensas mordidas dele e não estou a falar de coisas ligeiras estou a falar de mordidas que implicavam vários dias de tratamento e às vezes antibiótico, estou a falar da minha mãe que ficou com um braço três dias inchado. Apesar de tudo eu amo o junior, ele faz parte da minha família e do meu coração. Foi um resistente, quase três anos a levar injeções com doses superiores ao recomendado para o peso (se não não faziam efeito), a tomar antibióticos mais de meses seguidos, feridas na pele que o deixavam num estado lastimável. Lembro-me perfeitamente na sexta de manhã quando saí olhar para ele sentado na rua quase sem reação e de eu ter suspirado por saber o seu sofrimento e por não saber se ele iria aguentar mais. Fico triste por ter morrido, vou sentir muito a falta dele, de dormir com ele junto a minha barriga e das birras que fazia para ter atenção, dele andar sempre atrás de mim desde que eu chegava até lhe dar 5 minutos de atenção. Por outro lado sei que ele já não tinha qualidade de vida e que estava a sofrer e isso diminui um bocadinho a minha dor. 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Quando não podes vence-los....junta-te a eles

Pedi a alguém (M.) para me enviar um fax.

M: Não tenho fax
eu: não tens fax? então mas estás sempre a mandar fax..
M: não é fax, é mail
eu: então mas não metes um número?
M: sim
eu: então isso é enviar um fax.
M: não, é um mail eu faço um scan e mando
eu: sim ta bem mas se colocas um número é um fax para ser o mail tinhas que colocar um endereço de email para a pessoa receber.
M: não, aquilo é um mail
eu: então mas as pessoas não recebem um papel?
M: não, recebem um mail
eu: como é que recebem um mail se colocas um número?

E basicamente tivemos nisto  5 minutos até

M: eu não sei como os outros recebem mas não é um fax
eu: ok então envia-me isso como fosse um mail mas mete o número
M: Está bem

Percebi que a pessoa não fazia a mínima ideia do que estava a dizer e não valia a pena estar a explicar uma coisa que a pessoa não quer entender por isso deixa-a ficar com a dela e resolvi o problema na mesma


domingo, 19 de abril de 2015

Amor a quanto obrigas

Por norma aos domingos o rapaz vai ver os jogos do clube da terra (não sendo eu muito fã de futebol). Com a redução do meu tempo disponível agora vou ter com o namorado ao domingo (antes não era costume ir), claro que para estar com ele tenho que assistir aos jogos mas acho que é um esforço merecido pelo bem da nossa relação. Hoje no jogo durante o intervalo levei com uma bolada na cara e fiquei a ver estrelinhas, estou com uma gigante dor de cabeça e a cara inchada. Já coloquei gelo e já rezei a todos os santinhos para isto não ficar negro.

Acho que a minha relação vale o esforço de ver jogos de futebol todos os domingos mas levar boladas assim não sei se me aguento 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

A imagem digital

Noutro dia uma conhecida perguntava-me quem era o meu namorado, achava que o conhecia mas pelo nome não estava a associar.

Ela: Não tens uma foto no telemóvel?
eu: hummm......acho que não
ela (muito indignada): não tens uma foto do teu namorado no sreen saver do teu telemóvel????
eu: não!!
ela: a sério??
eu: sou capaz de ter nos ficheiros mas no screen saver não.

Ela olhou de lado e não disse mais nada.

O que me dá a entender nestes tempos é que eu para demonstrar que gosto de alguém tenho é que tirar milhentas fotos por dia com a pessoa e claro publicar numa rede social qualquer, além disso tenho que lhe fazer declarações de amor públicas para todos verem que sim que gosto da pessoa e obviamente tenho que ter fotos da pessoa que gosto espalhadas em todos os aparelhos digitais que possuo.

Eu não ligo nada a essas tretas, felizmente o meu namorado também não. Não gosto de tirar fotos e quando tiro são para eu ver não tenho que as mostrar ao mundo para provar o que quer que seja. Normalmente nos aparelhos (pc, telemovel, tablet) que tenho, não tenho fotos pessoais no screen saver. No facebook tenho meia dúzia de fotos maioria dos meus animais. Acho eu que não se demonstra sentimentos pela quantidade fotos nem pela quantidade de declarações públicas mas sim por muitas outras coisas


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Nem parece que trabalho em Portugal

Arranjei um trabalho por mim sem cunha, zero mesmo nada. Fui a entrevista e 3 semanas depois ligaram-me a dizer para começar.

Arranjei um trabalho em que pagam mais que o salário mínimo (mesmo eu não tendo quase experiência nenhuma)

Arranjei um trabalho em que 30 minutos depois de lá chegar já tinha mail da empresa, já me deram um computador e já me pediram o número para uma t-shirt

Arranjei um trabalho onde me disseram você compra uma mala (para o pc) e traz o recibo que nós damos-lhe o dinheiro

Arranjei um trabalho em que depois de aprender posso trabalhar em casa

Arranjei um trabalho com horário flexível

Arranjei um trabalho onde as coisas funcionam minimamente bem

Arranjei um trabalho onde têm em conta a minha opinião e o que gostaria de fazer




Se é tudo bom.....não. Acho que o escritório é muito pequeno para o número de pessoas mas nem sempre estão lá todos

ps. texto agendado

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O dia em que.....

Acerca de 10 anos estava eu no sofá a ver a novela da tarde quando o mau pai me liga "Olha é só para dizer que vamos chegar tarde porque a mãe partiu o braço" (mais um minuto de conversa) e desliga. A minha primeira reação foi.... rir-me (ah tão mazinha que eu sou). Ri-me durante uns 4/5 minutos até que percebi "espera lá!! se ela partiu o braço és tu que vais ter que fazer tudo!!!". Ora pois a partir daí vi a minha vidinha a andar para trás. Não só tive que fazer tudo em casa como ainda tinha de ajudar a minha mãe a tomar banho e coisas assim porque ela nos primeiros tempos não conseguia. Além disso, como tudo isto não bastasse, ela ficou de baixa em casa cerca de 3 meses. Eu fazia tudo e ainda tinha de a aturar atrás de mim "olha falta-te limpar ali" "olha não te esqueças de fazer x" "olha faz outra vez y". Demorou mas aprendi que não se deve rir do mal dos outros é que ainda pode sobrar para nós. 

terça-feira, 7 de abril de 2015

Ao 2º Dia

Estou viva

Já sei quanto vou ganhar,
Jantar faz-se ao fim de semana muito comer no forno para ficar para a semana
Almoçar tenho várias opções,

Tudo o resto ainda está em período de observação e adptação

domingo, 5 de abril de 2015

E a vida muda...

Quando nos ligam as 18h20 de quinta (sexta foi feriado) para começar a trabalhar na segunda as 9h.

Coisas que eu não sei:
1) quanto vou receber
2) como vou conseguir ver o meu namorado (o trabalho é em Lisboa)
3) como vou conseguir ir as aulas da pós-graduação
4) como vou arranjar tempo para estudar
5)o que dizer se me ligarem para marcar uma entrevista (não é propriamente fixe nos primeiros dias de trabalho estar a faltar)
6) quem vai fazer o jantar
7) como vou ao ginásio
8) onde vou almoçar



Cena ultra estranha ou uma coincidência brutal:

Deixei o namorado no comboio por volta das 18h15 e ligam-me 10 minutos depois a dizer que tenho trabalho


ps: Estou constipada e com herpes só para começar bem o primeiro dia.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Há pratos....e .....pratos

A segunda mulher do meu Tio é parva sensível e se no início da relação eles vinham cá a casa para jantares e afins com o tempo a Senhora tornou-se mais parva sensível e deixaram de cá vir. (Atenção que eu até a compreendo, isto é uma casa de doidos). Em relação aos meus avós a coisa teve um desenvolvimento semelhante no início era muito amor e agora quer distância. (Continuo a perceber, afinal somos uma família de doidos) O que me faz uma certa confusão é o fenómeno que ocorreu entre ela e o meu Tio. É que se há bebés que nascem siameses e os médicos os tentam separar aqui foi o contrário, duas pessoas diferentes nasceram separadas e por razões inexplicáveis ficaram siameses. O meu Tio não "pode" ir a lado nenhum sem ela, aliás eu até acho que respiram pela mesma boca e por isso o meu Tio deixou de nos visitar e quando vai visitar os meus avós sucede a cena ridícula dela ficar no carro à espera. (não sei se me estou a fazer entender!!?)

Voltando ao assunto......Numa das vezes (há mais de 6 anos) que a Senhora cá veio trouxe uma sobremesa num prato dela e a minha mãe (que ainda não prevê o futuro) disse quando voltares devolvo-te o prato. Ora que por razões da parvoíce sensibilidade dela, a Senhora não voltou e o prato ficou ali guardado no armário junto com outros mas sem utilização. Recentemente quando o meu Tio conseguiu escapar da mulher  um tempo falou com a minha mãe ao telefone (sim porque o meu Tio também não pode falar ao telefone sem a Senhora) e disse que a Senhora volta e meia refilava que a minha mãe tinha-lhe roubado o prato e que o devia ter devolvido no mesmo dia fazendo logo a transferência da sobremesa para uma coisa nossa. A minha mãe mal chegou a casa foi ver se o prato ainda (passaram mais de 6 anos) era vivo para poder levar ao meu Tio. Eu disse a minha mãe para levar mais uns quantos é que me parece que Senhora está com falta de pratos e eu não quero que lhe falte nada. Até podia dizer que ela também cá deixou o bom senso mas para isso era necessário que alguma vez o tivesse tido. 

(Em relação ao meu Tio dizer que o papel de marioneta lhe fica muito mal mas que ele o interpreta na perfeição)