domingo, 3 de maio de 2015

Nem tudo o que parece é

Noutro dia num post sobre escolhas comentava com a D. que se tivesse que escolher entre carreira e família escolheria carreira. Disse-o com a maior das convicções, pensava mesmo que seria essa a minha atitude neste momento da minha vida. Nessa altura ainda não me tinham telefonado a dizer que tinha um trabalho em Lisboa. Posso-vos dizer que 90% do tempo que passou (5 dias) desde que soube que tinha trabalho até estar com o namorado pessoalmente aquilo que ia na minha cabeça eram tentativas de soluções, alternativas e afins para que a nossa relação continuasse. Durante algumas horas cheguei a "querer" que o tempo de experiência corresse mal e me mandassem para casa. Quando estive com ele, percebi que tínhamos o mesmo medo. Eu tinha medo que ele me deixasse, e ele tinha medo que eu o deixasse.

Posso-vos dizer que a minha convicção mudou 2/3 h depois de saber que tinha trabalho, afinal não era assim tão simples escolher a carreira, afinal não era tão fácil abandonar um amor, afinal eu até gosto mais do rapaz do que aquilo que penso e afinal eu quero continuar nesta relação.

Depois de quase um mês de trabalho posso-vos dizer que não é fácil, nas piores semanas só o vejo 2 dias. Posso-vos dizer que não faço horas extraordinárias para apresentar serviço, faço aquilo que me pedem e tento despachar-me para vir para casa. Posso-vos dizer que tento aprender o mais depressa possível para começar a trabalhar em casa e não perder tanto tempo em viagens. Isto não são atitudes de uma pessoa que põe a carreira à frente da relação, isto são atitudes de alguém percebeu a sorte que têm e faz TUDO para a manter. 

4 comentários:

  1. O coração fala sempre mais alto que tudo, mais cedo ou mais tarde isso acontece!

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  2. Por vezes é mesmo assim, achamos que temos todas as convicções até nos depararmos mesmo com a situação e depois até vemos que não era bem assim.

    Se te consola, eu também sempre pensei que colocaria a carreira à frente de qualquer relação mas depois percebi que não... por isso é que acho que depende muito da nossa vida e das circunstâncias da mesma. Mudar de opinião também faz parte de sermos humanos. Nós mudamos, a vida muda.

    No fim, o que interessa é sermos felizes e fazer o melhor das circunstâncias :)

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    1. Mesmo, perante as situações é que vemos como "elas mordem". Fiquei muito surpreendida achei mesmo que seria mais fácil mas afinal ... o que interssa é que me sinto feliz.

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