segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Rídiculo

A minha mãe por razões de saúde precisa de levar umas injeções. Coube-me a mim aviar a receita e descobrir onde e quando poderia levar as injeções. Depois de aviar a receita desloquei-me ao centro de saúde, do concelho, para saber quais eram os horários e se era necessário marcação, como a minha mãe sai de manhãzinha cedo e só chega à noite, a única altura disponível que ela tem é ao fim de semana. Por isso perguntei qual era o horário ao sábado. "Ao sábado estamos fechados" foi o que me responderam, e quando eu perguntei quais eram as alternativas disseram-me "ah tem que ir ao hospital (do distrito)". Ora então deixa ver se eu percebi bem, sou lenta já disse, uma pessoa precisa de cuidados de enfermagem ao sábado ou talvez ao domingo (blasfémia, precisar de cuidados ao domingo mas onde é que isso já se viu?) e tem de se deslocar mais de 30 km para ir a um hospital levar uma injeção (ou outra coisa qualquer que não penso só em mim). Porque não existe no concelho nenhum centro de enfermagem aberto e se for a outro concelho provavelmente é recusada porque não pertence a sua área. Quando perguntei a enfermeira onde podia reclamar, ela também não me soube responder. É que eu sei que a culpa não é dela, também sei que a culpa não é do centro de saúde, a culpa é lá mais acima. A culpa é daqueles que nem devem por os pés em serviços públicos, que andam de motorista e que lhes fazem o almoço e volta e meia juntam-se todos para mandar vir uns com os outros. Bem a minha mãe me dizia que eu devia ser politica para receber bem e não fazer nada. 

2 comentários:

  1. Enfim é mesmo isso. Quem manda no SNS, quem o organiza, quem realmente devia perceber disso na realidade nem os serviços usa... vão ao privado. Quem é funcionário publico desconta para a ADSE... ADSE essa que permite coisas como ser-se seguido no privado, ter consultas, tratamentos no privado....até permite, em alguns casos, escolher entre publico e privado.
    Que ilações podemos nós tirar disso?

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    1. Farto-me de pensar que a ignorância é uma coisa boa. Quanto mais percebemos a realidade das coisas mais tristes ficamos.

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