quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Carta ao mano que nunca tive

Olá mano,

Sabes penso muito em ti, sempre pensei. Durante muito tempo pedi por ti, disseram-me que não era fácil mas olha também pedi muito uma cozinha de brincar e também não tive. Sabes ia adorar-te, ia proteger te de tudo, ia ser uma melga e tu ias gostar muito de mim. Íamos brigar, provavelmente irira ter raiva e ciúmes de ti mas noutra altura iria calhar-te a ti o mesmo sentimento. Já mais crescida, agradeci não teres vindo, coitado de ti onde ias parar. Somos uma família de doidos. Apesar de nunca teres vindo sinto muito a tua falta, sinto a falta de partilhar maluquices, sinto a falta de ser protegida...Não conheces-te o mundo, não conheces-te a vida, não sabes o que é amar ou perder, nunca te pode ensinar nada nem aprender nada contigo. Sabe-se lá como seria a nossa vida se tu tivesses vindo....

2 comentários:

  1. Eu tive um pouco de ambas as vidas: de filha única e com irmão.
    Pessoalmente, não o trocava por nada deste mundo mas também não faltam casos em que sempre se deram mal e continuam a dar depois de adultos. Nesses casos, não ter irmãos seria provavelmente uma benção.

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    1. Sim conheço um caso em que se dão mesmo muito mal o que é muito estranho e assim realmente preferia não ter.

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