Tão longe mas afinal tão perto

A R. foi a minha melhor amiga desde o 7º ano até ao 9º ( caraças, juro que parecia muito mais tempo) mas conheço a desde a primária. Apesar de sermos muito diferentes e de termos visões completamente diferentes do mundo sempre nós demos bem. Andei no infantário da mãe dela durante alguns anos e depois quando vim morar para o fim do mundo cheguei a ir à praia com eles para ajudar com os miúdos. Perdi-lhe o rasto no 11º ano não sei bem porque, já não ia tantas vezes a Lisboa. Tantas coisas que poderiam ser desculpa mas a verdade é que não há desculpa. Tentei encontra-la algumas vezes pela net mas sem sucesso, cheguei a enviar mails para contactos antigos que tinha mas sem resultado. Há uns dias atrás estava a procura de um número de telemóvel de um colega e lá reparei na R. mandei sms na total consciência que aquele poderia já não ser o número dela. O mundo tem destas coisas meio parvas que muitas vezes parecem não ter explicação mas no fim fazem todo o sentido. Não é que ela ainda tinha o mesmo número, ficou super surpreendida disse que já tinha andado a minha procura no facebook (coisa que eu não tenho). Falamos bastante, contamos as novidades afinal já passaram cerca de 6 anos (juro que parecia menos tempo). Durante imenso tempo pensei que nunca mais iria reencontrar a R. e afinal o número dela esteve sempre no meu telemóvel. Por isso amigos, hoje peço-vos vejam a vossa lista de contactos do A ao Z e se calhar vão surpreender-se com o que lá aparece e em momento algum hesitem em mandar uma sms mesmo que não seja  a pessoa, pelo menos tentaram.