sábado, 7 de dezembro de 2013

Essa coisa chamada amor- 6

Pronto hoje uma minha.

Num verão de aventuras, conheci o P. um puto fixe. Éramos os dois miúdos mas ele era mais novo que eu, achei-lhe uma certa piada, ele esforçava-se e isso agradava-me. Começamos a "curtir", passados 3 dias o P. disse que me amava. Assustei-me, sei que éramos miúdos mas já sabia que aquilo não era bem assim. Lembro-me perfeitamente do momento em que o disse e eu disse-lhe que ele não tinha noção do que dizia. Sempre lhe disse que não queria nada sério, ele não me ouviu ou não quis ouvir. Divertimos-nos muito durante o verão, deve ter sido um dos melhores que já passei. Fui deixando as coisas andarem porque gostava dele, sabia que ele gostava muito mais de mim mas sempre o alertei disso. Quando acabou o verão, as coisas complicaram-se, morávamos um pouco longe e estávamos poucas vezes juntos. Decidi terminar a coisa, deixando um P. destroçado. Nunca lhe disse que o amava, porque nunca amei. Continuamos amigos, afinal nunca lhe quis mal e gostava dele mas não era como ele queria. Encontrávamos-nos volta e meia e volta meia o P. tentava voltar, disse-lhe sempre que não que éramos só amigos. Disse-lhe várias vezes que não gostava o suficiente para namorar, chegando ele a dizer que não fazia mal ele gostava pelos dois. (Aí P. espero que já tenhas aprendido que não funciona assim). Passados 4 anos, sim 4, o P. fez uma tentativa mais desesperada. Depois de todas que tinha feito anteriormente, e sempre lhe ter dito que não o P. voltou a fazê-lo. Foi uma tentativa desesperada o suficiente para eu ficar assustada. Ele não estava a ser racional, já tinham passado 4 anos, 4 anos de nãos e ele ainda não tinha percebido. Apesar de gostar dele e querer ser amiga dele tive que tomar uma atitude drástica. Nesse dia deixei de lhe falar, tenho pena que seja assim mas já estava com medo das atitudes dele, tinha medo da irracionalidade que via nos seus olhos. Já passou mais de ano que lhe deixei de falar, nunca mais soube nada dele espero sinceramente que esteja bem e que tenha encontrado alguém de quem goste e que goste dele do mesmo modo.


6 comentários:

  1. Não gosto de ler estas coisas. De todo. Más memórias.
    Fico feliz por ti por ele não ter dado mais o "ar de sua graça" e fizeste muito bem em despachá-lo. Nesse tipo de coisas, quanto mais depressa se corta, melhor.

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  2. Nem foi tudo mau, diverti-me muito. E ficou a experiência, pelo menos aprendi qualquer coisa.

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    1. Ainda bem :)

      A mim é que ler estas coisas me trás más memórias - de um "olá" dado para não ser mal-educada - passei 7 anos para me livrar duma pessoa que cismou que tinha que namorar com ele. Ainda hoje evito o local onde sei que ele vive, não vá ele (re)descobrir onde moro agora e acabar com o meu sossego.

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    2. 7 anos!! Isso é stalking, que horror.

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    3. Não foi muito agradável não. Mas também não era uma constante (pelo menos não durante os 7 anos) só que tive várias situações em que pensava ter-me livrado dele e ele "apareceu" outra vez na minha vida.
      Quando começou andava eu no meu 8º ou 9º ano, a última vez que me telefonou (depois de ter trocado várias vezes de numero e de ele o conseguir sempre) já eu vivia junta e tinham-se passado uns 7 anos - uma chamada feita de madrugada para me assustar, mas quem se assustou foi ele - nunca vi o meu namorado (agora marido) tão possesso e ameaçou-o de tal forma que parece que ele desistiu (pelo menos não me tentou contactar mais nenhuma vez que eu tenha dado conta) mas nunca apaguei o numero dele para garantir que jamais lhe atenderia uma chamada.

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    4. Fez o teu marido muito bem. Gente sem noção precisa de levar um susto para perceber o seu lugar.

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