sábado, 30 de março de 2013

O que eu não queria ser..

Desde muito cedo, desde que tenho animais, foram várias as vezes várias as pessoas que me perguntaram ou disseram que eu devia ser veterinária. "Ah tens tanto jeito", "gostas tanto deles",  "aguentas-te bem " ( o veterinário enquanto eu o ajudava com um cão que o meu pai atropelou). Ouvi muitas e muitas vezes " Não queres ser veterinária?" e a minha resposta foi sempre não. Apesar de ser um pouco estúpida conheço-me muito bem e aprendo rápido sobre mim e quando percebi o meu amor pelos animais percebi que não podia ser veterinária. Ser veterinário não é só ajudar os animais muitas vezes têm que os matar, ser veterinário é como ser médico não podemos salva-los a todos. Se o meu coração fica apertadinho quando oiço algum dos meus a chorar ou a ganir de dor como seria eu capaz de trabalhar em algo que me perturba tanto. A resposta para mim foi fácil, não seria e por mais que as vezes tenta-se imaginar-me não conseguia por isso foi sempre algo com muita certeza na minha cabeça. Eu não vou ser veterinária. E não sou apesar de fazer os curativos dos meus animais e chegar ao veterinário e dizer todos os sintomas aquilo que faço é pelo meu bem estar porque se eles não tiverem bem eu também não estou. E a sensação que tenho quando eles estão doentes é angustiante seria impossível viver assim todos os dias. Por isso por mais que uma pessoa goste ou tenha jeito isso não significa que ela tenha estofo e consiga-se distanciar o suficiente para não a afectar.

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