1) O espaço. Senhores sou um pouco claustrofóbica e por isso o espaço é aquilo que mais aprecio, quando vou a casa da minha avó (um apartamento comum algures em Lisboa) tenho que estar com a janela aberta e com a cabeça de for para poder respirar. Aqui vou a rua e ando e ando sem sair do que é meu.
2) O silêncio. Epa como gosto de não ouvir carros constantemente, de não ouvir ambulâncias nem aviões e quando os oiço é porque algo se passa na região.
3)Ver um céu estrelado como deve ser. Sim porque aquilo que se vê na cidade é uma amostra.
4) A quantidade de animais que vejo. Sapos, rãs, corujas, águias todas essas coisas muitas vezes aqui no meu quintal.
5)Saber o que estou a comer. Muitas coisas que como são plantadas cá no quintal e são colhidas quando necessárias e na altura certa e estas são biológicas. Podem ser mais pequeninas e mais feinhas mas são muito mais saborosas.
6) Poder fazer o barulho que quiser. Parece contraditório em relação ao 2 mas por vezes gosto de ouvir música bem alto e posso fazê-lo sem incomodar ninguém. Posso dar festas e jantares sem ter vizinhos a queixarem-se do barulho.
7) Ter os pés na terra. Ah nada melhor que andar descalça na terra.
8) Poder ter tantos animais. Uma das razões que me fez mudar da cidade para o campo foi ter animais que aqui já são mais e tem espaço para estar a vontade. Sou um pouco contra quem tem 6/7 animais dentro de um apartamento (excepto peixes, insectos e afins)
9) Saber quem são os meus vizinhos. Isto tem o seu lado bom e mau. Lado bom os vizinhos conferem um lado de protecção e comunidade, muitas vezes troco ovos por alfaces e coisas do género. Muitas vezes a vizinha corta a erva do meu quintal para alimentar as suas ovelhas. Ficam todos a ganhar.
10) Não há correrias. Aqui o pessoal anda todo muito devagar e param quando alguém passa mais rápido do que eles pensam que deviam. Aqui todos dizem bom dia e boa tarde. Aqui não há filas nem encontrões, não há passadeiras (há uma a frente da escola primária) nem semáforos. Aqui não há rotundas nem lojas dos chineses. Aqui há paz.
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