quarta-feira, 25 de junho de 2014

Segurança-2

Depois disto e de pensar mais um pouco no assunto e vendo outros comentários, fez-me pensar nos transportes públicos. Os transportes públicos na sua larga maioria não possuem sistemas de retenção de qualquer espécie e se levarmos uma criança num autocarro não nós põem a disposição uma cadeirinha com cinto. Quantas e quantas vezes vão crianças em pé ao lado dos pais.  E os deficientes. Caraças deve ser um pesadelo para um deficiente seja paraplégico, cego ou outra coisa andar num transporte público. Uma cadeira de rodas deveria ser presa algum sítio no autocarro e um cego sabe lá onde se segurar ou em paragem é que está. Verdade seja dita que em todos os acidentes que já ouvi falar de transportes públicos nunca ouvi falar que as pessoas ficaram feridas por não levarem cinto de segurança. Ou seja nos transportes públicos, "fornecidos" pelo estado e pagos por todos nós a segurança é um bem com muito a desejar e se houver algum problema dificilmente o estado se responsabilizar-se-a (não sei se é assim que se escreve) pelo mesmo. 

2 comentários:

  1. Depois de ler a questão de não falarem sobre a falta de cintos lembrei-me disto "Cintos de segurança teriam evitado tragédia com autocarro - in JN" por isso, parece-me que vai havendo alguma consciência mas pouca.

    Quanto a transportes públicos é mesmo uma porcaria. Em caso de cadeiras de rodas não sei como é mas, por exemplo, tive um colega na uni que era quase cego (distinguia umas sombras, nada mais). Tinha que apanhar o metro no Jardim do Morro (V.N. Gaia) e lá o patamar entre metro/passeio é basicamente inexistente. Podemos estar na "rota" do metro sem nos apercebermos e para ele era ainda mais complicado. Depois de um colega nosso o ter visto em perigo decidiu acompanhá-lo todos os dias à estação mas isso não invalida o perigo daquilo. É só outro tipo de "deficiência" que também é muito menosprezado (mas pelo menos no metro dizem qual é a paragem seguinte).

    Eu, por minha vez, nunca me tinha apercebido tanto do problema causado pelos passeios curtos, ondulados/com calçada estragada, dos postes (luz, transito, publicidade) e pelas caixas da luz/água que estão no meio dos passeios como quando tinha que andar com um carrinho de bebé. Foi um valente abre-olhos, isso foi. E no centro da cidade onde vivia até está tudo dentro das normas e bem cuidado mas bastava sairmos um pouco do centro (onde vivia na altura ia a pé para o centro da cidade) e nunca me tinha apercebido dos transtornos causados pelos problemas na calçada. Já para não falar naqueles passeios que estão "bons" mas que depois não têm rampas (ou estas são demasiado inclinadas) para que alguém com problemas motores consiga passar nelas.
    O "melhor" de tudo é que a cidade, nessa altura, levou o rótulo de 3ª cidade com melhor qualidade de vida em Portugal... não sei bem quais eram os critérios (gosto bastante da cidade, sim) mas se ela era das melhores e tinha tantos problemas nem imagino o que será "o pior".

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    1. Infelizmente é o retrato do país e aqui mais uma vez se tornam evidentes as diferenças de morar na cidade ou no campo. Aqui não há nada pensado para os deficientes, e no campo infelizmente parece que existe mais "deficientes" devido as questões de consanguinidade.

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