terça-feira, 24 de junho de 2014

Segurança

Hoje li isto, li com muita atenção e li alguns dos comentários concordando mais com uns do que com outros. Achei alguns comentários um bocadinho exagerados em relação a segurança rodoviária, não tendo eu filhos posso me vir a arrepender do que vou dizer, mas mães que não deixam os filhos ir a visitas de estudo porque os autocarros não têm as condições de segurança ideias parece um pouco exagero. Eu sinceramente não sei qual criança ponha na cadeirinha se o meu filho ou o filho de alguém mas tenho quase a certeza que na possibilidade de trazer a criança ou deixa-la lá sozinha, a preferia trazer. Posto isto só me fez lembrar uma vez cá pelo fim do mundo quando vi uma senhora numa moto, tipo vespa, com uma criança de 4/5 anos a frente dela, ela levava uma mão no guiador e outra a segurar a criança. Isto sim é falta de segurança rodoviária.

4 comentários:

  1. Eu fui lá ler e, por acaso, não concordo nada com o senhor. Talvez a minha influência ainda seja alguma, uma vez que cresci lá perto e realmente a mentalidade portuguesa é bem diferente ou talvez seja por ter visto imensas fotografias de crianças mortas sendo que muitas delas foram em acidentes e, na sua maioria, não levavam sistema de retenção.

    Se uma criança fica a meu encargo eu responsabilizo-me pela mesma como se fosse meu filho mas isso não implica (jamais) que coloque o meu filho em perigo ou que o trate com menor cuidado.
    Seja como for, numa situação em que uma criança precisasse de mim e eu não tivesse como a transportar de forma segura ficaria lá com ela, íamos todos a pé ou alguma coisa do género mas não a levaria uma criança sem cinto/cadeira ou deitada no chão do meu carro só para fugir à multa. Até porque eu não o faço pelas multas - isso é o que menos me importa nesses casos.
    Aliás uma vez esqueci-me da cadeira em casa e só reparei quando cheguei à escola do B. e não, ele não veio sem a dita.

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  2. Ps: Quanto às visitas de estudo eu devo ser muito sortuda porque a câmara municipal só envia autocarros que estejam equipados com cintos de segurança e as educadoras obrigam-nos a colocá-los (isso ele conta em casa).

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    1. Eu também não concordo propriamente com ele até como adulto ele tem de dar o exemplo e deixar um filho ir no chão do carro não deve ser um bom exemplo nem para os filhos dele nem para os filhos dos outros mas percebo a dúvida entre o mau e o menos bom. Mas aquilo que pensei mais e na tua história acaba por se reflectir é que existe uma grande diferença entre aquilo que as pessoas na cidade consideram segurança rodoviária e aquilo que as pessoas do campo consideram e nem estamos a falar de países diferentes só diferentes zonas.

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    2. Sim também é verdade.
      Mas a verdade é que aquilo também já foi há quase 20 anos e a minha geração já não está a permitir que seja dado o mesmo tratamento aos filhos como o que tiveram (os autocarros que lá vão agora - que não é a mesma empresa - também têm cintos de segurança e não estão a cair de podres e isso foi conseguido através da insistência popular ;) ). Acho que, na altura, os pais nem tinham consciência do perigo que era ou das reais condições que tínhamos, nem da diferença de condições entre os nossos autocarros e transporte das outras crianças "da cidade". Agora os pais estão mais informados, têm mais conhecimento, mais cultura, estão mais cientes dos direitos dos filhos e lutam por eles. Antes, acho que havia muito medo do que os senhores-fulanos-de-tais poderiam fazer e as pessoas rebaixavam-se muito (exemplo disso é o facto do dono daquilo nunca ter sido levado a tribunal nem ter sido responsabilizado).

      Agora acho que vai ainda mais além de cidade vs campo mas antes na informação que as pessoas têm disponível e da sua vontade de a aceitar ou não. Acho que os mais velhos têm mais dificuldade em perceber as necessidades de sistemas de retenção, os cuidados a ter, etc (pelo menos os que não estão informados). Alguns acham que não passam de "mariquices" , que antigamente os filhos deles não precisaram de nada disso e que ainda cá estão...

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